Mancini escala Carlos Alberto, Zeballos e Sheik e
enaltece 'ataque de peso'
Treinador escala trio para jogo contra o Grêmio, faz alterações na
equipe e espera vencer as quatro próximas partidas
O DIA
Rio - Vagner
Mancini não esconde sua satisfação com o setor ofensivo do Botafogo. O
treinador alvinegro sabe que ter a experiência de Emerson, Zeballos e Carlos
Alberto, jogadores com grande vivência dentro do futebol e cheio de títulos na
carreira, no elenco merece ser comemorado. O comandante destacou a presença do
trio como um fator positivo para o Glorioso.
"Individualmente
o Botafogo tem um ataque de peso. O Carlos Alberto, o Zeballos e o Emerson
podem decidir uma partida. São atletas de ponta, vencedores e tecnicamente
muito bons. Isso faz diferença também dentro do elenco, já que aquele atleta
mais jovem também enxerga isso", disse Mancini.
O clube carioca
terminou a preparação para o confronto com o Grêmio, nesta quarta-feira, em
jogo válido pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro no Estádio Alfredo
Jaconi, em Caxias do Sul. Mancini comandou o último treino nesta terça. Após a
atividade, o técnico demonstrou confiança na equipe após a derrota de 2 a 0
para o Goiás fora de casa, mesmo com as alterações que fez na equipe titular.
"Em termos de
formação tática não houve mudança, já que o Jorge Wagner vinha jogando como um
terceiro volante pelo lado esquerdo. Acho que o Airton dá mais um pouquinho de
segurança na marcação e na bola alta. É um atleta que tem sido visto nos
últimos anos até de uma maneira violenta e não é isso que nós queremos. A
entrada do Carlos Alberto da também um pouco mais de retenção de bola. É obvio
que o Botafogo ganha com ele e perde em algumas coisas. Nesse perde e ganha,
acredito que dê um equilíbrio bom. O André Bahia é quase que uma entrada
natural e acho que nesse momento ele representa melhor, é uma opção do
treinador. E a entrada do Renan também é natural, que já jogou e teve bons e
maus momentos assim como todos os jogadores já tiveram", argumentou o
treinador.
O técnico alvinegro
sabe que o Botafogo precisa apresentar um futebol convincente e conquistar mais
pontos no Campeonato Brasileiro. Mancini sabe que o time tem que subir na
tabela antes da paralisação para a Copa do Mundo. Para isso, o treinador espera
vencer os quatro próximos jogos, para conquistar 12 pontos, que é a meta atual
do clube até a parada do Mundial.
"Essa semana
tem sido intensa não só em termos de treino, mas na questão emocional.
Acreditávamos engrenar diante do Goiás e aprendemos muito com a derrota. Um
time quando sofre o golpe tem que se recuperar. O Botafogo necessita de pontos
e nós ainda temos 12 para disputar até a parada para a Copa do Mundo. Que isso
sirva de incentivo para jogar bem. A vitória é fundamental, mas acho que todas
as equipes pensam dessa forma. Que o Botafogo faça um bom jogo, que esteja
focado no seu adversário", finalizou Mancini.

Amigo de todos no Botafogo, Carlos Alberto quer
reestrear bem contra o Grêmio
Apoiador deve entrar em campo no Alfredo Jaconi nesta quarta-feira
MARCIA VIEIRA
Rio - Carlos
Alberto não poderia ter escolhido clube melhor para seu novo recomeço no
futebol. Hoje, General Severiano é praticamente sua segunda casa. De Jefferson
a Sheik, são poucos os atletas que ele não conhece ou não jogou. Uma amizade
que ele espera levar para dentro de campo em sua reestreia, na quarta, contra o
Grêmio, em Caxias do Sul, para ajudar o Botafogo a entrar nos trilhos do
Campeonato Brasileiro.
“O Sheik é parceiro
antigo. O Jefferson jogou comigo na seleção de base, o Marcelo Mattos, no
Corinthians, e o Edilson, no Grêmio. Isso sem falar do Jorge Wagner e do
Mancini. Tem médico aqui que me conhece desde os 12 anos. Eles não conhecem só
minha carreira, conhecem de fato meu coração”, conta de sorriso aberto.
De todos os amigos
chama a atenção o entrosamento fora de campo com o atacante Sheik. “É engraçado
porque vai ser a primeira vez que vamos jogar juntos, mas temos uma intimidade
de longa data. Um já olha e o outro já sabe. Ele é muito inteligente. Gosta de
jogar, chama a responsabilidade para si. Nossas personalidades combinam, se
encaixam”, analisa.
A amizade com Skeik
e com os outros atletas é uma motivação a mais para o jogador recuperar o
futebol envolvente que o levou a ser no auge, um dos craques do Porto na
conquista da Liga dos Campeões, em 2002-2003.
“Teve uma reunião
em que meu nome foi citado e a aceitação foi grande. Quando se trabalha em uma
lugar assim você tem que valorizar ainda mais, porque é muito precioso”,
avalia.
Mesmo não estando
no melhor de sua forma—seu último jogo foi contra o Botafogo-PB, dia 16 de
abril, na Copa do Brasil— após ficar praticamente sete meses sem jogar, o meia
escancara a alegria de voltar a jogar como se fosse iniciante. “ Vou treinar na
parada da Copa, quando todo mundo vai folgar. Vai ser ótimo. Estou com muita
fome de bola”.
Mais experiente
Muito mais maduro
aos 29 anos, Carlos Alberto faz mea-culpa e reconhece que deixou passar muitas
coisas importantes na carreira, entre elas a Seleção.
“Sou humano e como
todos muitas vezes errei. Talvez, a seleção realmente não fosse para mim. A
realidade é que os caras tiveram mais méritos do que eu”, reconhece. “Às vezes,
ter mérito não é porque o cara jogou muito mais do que eu, é ter saco para
aguentar coisas que não aguentei. Mas sou patriota, amo meu pais e vou torcer
pela seleção. É o que posso fazer”.

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