01/12/2014 19:35:19
Novo presidente critica projeto Seedorf e garante
que tentará manter Jefferson
Mandatário disse que fico do camisa 1 é a prioridade para 2015
RODRIGO STAFFORD
Rio - Astro
internacional e jogador consagrado no Mundo, Seedorf desembarcou no Botafogo em
2012 com a missão de internacionalizar a marca do clube, além de captar novos
patrocínios e elevar o número de sócio-torcedor. Dentro de campo, o holandês
correspondeu e conquistou um carioca além de recolocar o Alvinegro na
Libertadores após 18 anos. Porém, fora de campo, o alto salário do meia e o
marketing falho acabou prejudicando os cofres da Estrela Solitária. Segundo o
novo presidente Carlos Eduardo Pereira, o projeto acabou não valendo tanto a
pena.
"O projeto, a
vinda do Seedorf, acho que foi capenga, ela trouxe o atleta, porém com todos os
custos pelo clube. Quando você traz um grande nome, precisa trazer ações de
marketing que tragam receitas. Infelizmente, nada foi feito. Houve um ganho de
imagem, mas, se tratando de uma instituição que estava no limiar, isso foi
muito caro com relação ao trabalho que foi feito",disse.
Principal
referência dentro de campo, capitão da equipe, ídolo da torcida e camisa 1 da
seleção brasileira. Essas são as credenciais de Jefferson e que colocam o
goleiro como pedra fundamental para o projeto do Botafogo em 2015. Para o novo
mandatário, a permanência do arqueiro é prioridade para o planejamento do
clube, mas frisa que será feito diferentemente do plano para trazer e manter
Seedorf.
"Não acho que
foi um erro, foi mal executada (vinda do Seedorf). O grande ídolo, como o
Jefferson, por exemplo, que é pedra fundamental para nossa campanha em 2015.
Faremos tudo que estiver ao nosso alcance para mantê-lo. Acho que com os
grandes idolos, temos que fazer um trabalho de marketing não só para divulgar a
imagem dele, mas para permitir ao clube que tenha uma redução de seus custos. O
ídolo e o grande talento, o clube tem que estar disposto a trazê-lso. Apesar de
termos que gerir o produto como empresa, ele também está ligado a paixão, as
vitórias,. glórias e aos títulos. Esse é nosso produto. Temos sempre que trazer
a questão financeira em parelelo para que isso não se torne uma despesa
incontrolável", afirmou.


01/12/2014 17:55:50
Carlos Eduardo Pereira ataca gestão de Assumpção:
'Ética foi colocada de lado'
Novo presidente do Botafogo não descartou processar ex-mandatário caso
encontre irregularidades
RODRIGO STAFFORD
Rio - Recém-eleito
presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, não tem tempo para lamúrias com
a queda do time para a Série B. O mandatário não ficou em cima do muro e culpou
a antiga diretoria pela queda.
"Houve um
distanciamento, perda de comando e ocupação de espaços com pessoas apadrinhadas
do ex-presidente (Mauricio Assumpção). Com isso foi criada uma estrutura
paralela de amigos e não se conseguiu manter o modelo profissional funcionando.
A chegada do Eduardo Húngaro (ex-treinador e atual auxiliar-técnico), um
profissional sem experiência, e todo esse conjunto de fatores foram coroados
com a incapacidade de quitar salários", atacou Pereira, lembrando de
alguns casos estranhos da antiga presidência.
"Em relação ao
empréstimo de R$ 3 milhões com comissão (empréstimo pego pela ex-presidência),
estamos apurando esta e outras operações. Infelizmente a postura ética estava
meio colocada de lado. Estamos apurando isso e assim que tenhamos um posicionamento
mais concreto vamos divulgar para vocês. É certo que vamos fazer uma auditoria
externa para levantar não só essas negociações, mas com os atletas
profissionais. Ela seguirá um trâmite normal para a apuração da auditoria.
Vamos ver nossa disponibilidade de contratar essa empresa, porque é um trabalho
razoavelmente caro", explicou.
Pereira ainda
prometeu contratar uma auditoria para ter uma avaliação bem detalhada da
calamitosa situação financeira do clube e garantiu que não vai esconder nada
debaixo do tapete podendo até processar o ex-presidente se constatada alguma
irregularidade.
"Isso é uma
consequência natural do que for apurado. Se for, ele (Assumpção) terá de passar
pelos trâmites internos do clube e se for identificada irregularidade vamos dar
o devido tratamento. Seguirá um trâmite normal para a apuração da auditoria.
Vamos ver nossa disponibilidade de contratar essa empresa porque é um trabalho
razoavelmente caro", concluiu.

01/12/2014 17:22:57
Situação financeira do Botafogo assusta novo
presidente: 'Pior do que imaginava'
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, Carlos Eduardo Pereira
revelou cenário preocupante para a temporada 2015
RODRIGO STAFFORD
Rio - Um dia após o
segundo rebaixamento do Botafogo para Série B, o recém-eleito presidente do clube,
Carlos Eduardo Pereira, concedeu entrevista coletiva em General Severiano para
explicar a situação para a próxima temporada. Preocupado com os problemas
fiscais e financeiros que terá pela frente, o novo mandatário revelou que o
cenário do Alvinegro é assustador.
"É pior do que
eu imaginava. Porque a gente acreditava que se tivesse mais alternativas na
área trabalhista encontrasse um caminho mais pavimentado. Vamos ter que começar
o Ato Trabalhista praticamente do zero, será um caminho bem longo para trilharmos.
A situação do clube é muito complicada. Importante que o sócio e o torcedor
tenham isso em mente. Vamos trabalhar para resolver essas questões. Estamos na
expectativa da aprovação do Proforte também", disse o presidente.
Com a queda já
sacracamentada, Carlos Eduardo afirmou que o planejamento para a temporada de
2015 já começou a partir desta segunda-feira. O mandatário não garantiu a
permanência do treinador Vagner Mancini e nem do diretor de futebol Wilson
Gottardo, e disse que o trabalho de ambos passará por uma avaliação que será
feita pelo departamento de futebol.
"A partir
de hoje (segunda-feira) o Mantuano (vice-presidente de futebol) vai
sentar com o Mancini e fazer uma avaliação do trabalho e ver o que foi positivo
e negativo para podermos traçar o planejamento para 2015. É importante frisar
que a temporada 2015 já começa hoje (segunda-feira). Já conversei com o
Vagner Mancini no ultimo sábado e eu agradeci a ele. Nós reconhecemos que o
rebaixamento não é culpa só deles, e sim do Botafogo e de sua diretoria. Vamos
avaliar, ouvir o Mancini tem a dizer e o Gottardo também para depois tomar uma
decisão", afirmou.
Confira os
principais tópicos da entrevista coletiva:
Dívidas e bloqueios
de receitas
O ano de 2015 ele
também vai precisar começar agora com a resolução dos problemas fiscais. Se não
conseguirmos resolver as questões junto a Fazenda e ao Ato Trabalhista, isso
inviabiliza o andamento do clube. Não podemos operar o clube com as receitas
100% bloqueadas. Nós possuímos receitas significantes bloqueadas pela Fazenda e
pelo Ato Trabalhista.
A questão do Refis,
fizemos uma análise da Legislação, é possível pagar com 30 dias após o
vencimento. Em paralelo, encontramos significativos em contas. Agora vamos
apresentar uma outra alternativa. É importante frisar que o Botafogo não quer
sacar esse dinheiro, que ele continue na Fazenda. Com relação a erros que
possam ter sido cometidos.
A dívida está em
cerca de R$ 750 milhões. Devemos ter cerca de R$ 15 milhões bloqueados para
fazer um pagamento na ordem de seis ou sete. É o suficiente para pagar o Refis
e também a Timemania.
Nos últimos três
anos as coisas vieram piorando, mas temos confiança. Botafogo tem capacidade,
sócios-torcedores. Problemas grandes, mas ele também é muito grande. Quando
podemos enfrentar, vamos enfrentar. Não vamos fugir, nem deixar que se
acumulem. Já estivemos na procuradoria da Fazenda, Ministério do Trabalho.
Botafogo tem postura agora pró-ativa.
Em 2011, percebemos
que os orçamentos eram deficitários. Você não consegue sobreviver com
orçamentos deficitários. A única alternativa que os ex-gestores conseguiram foi
o adiantamento de receitas. Chegou um momento que houve insolvência. Alertamos
isso ao longo do tempo pelo Conselho Deliberativo. Chegamos a essa situação.
Patrocínio
Nossa prioridade é
renovar o vínculo com a Guaraviton. Vamos abrir o diálogo agora. O departamento
de marketing está buscando outras alternativas. Esta é a prioridade. Me parece
ser a deles também. Quanto a novos patrocínios, pelo o que sentimos no primeiro
momento, não teremos impacto, não. A parte de material esportivo já tivemos
contatos muito bons com um fornecedor. Temos reunião marcada para a próxima
sexta-feira. Amanhã vamos receber outra marca interessada. As pessoas têm noção
de que o Botafogo é uma marca forte, com abrangência internacional.
Engenhão
Conversamos com o
prefeito na sexta feita. As empresas responsáveis pelas obras prometeram
entregar em novembro, mas adiaram para março. Mas conversamos com o prefeito e
vai ser para jogar em janeiro no Carioca. Esta é a informação que obtivemos
junto ao prefeito.
Capacidade de
recuperação financeira
O Botafogo tem
algumas alternativas. Vamos continuar utilizando o Engenhão. Nosso objetivo é
voltar a usar a estrutura de General Severiano. Infelizmente, houve mais um
erro aqui, que foi a destruição do campo de General Severiano. A expectativa é
de que em 2016 possamos começar a construção do CT integrando entre base e
profissional.
Como disse hoje no
Tribunal do Trabalho, você não recupera imagem com palavra, mas sim com
atitude. Confio muito na torcida do Botafogo, na capacidade de mobilização.
Nosso programa de sócio-torcedor será muito bem explicado no site, sua
destinação será toda para a montagem e manutenção do plantel. Temos que ter o
Engenhão disponível para podermos linkar essa situação.
Planejamento 2015
Vamos ter uma
reunião com os vice-presidentes hoje. Infelizmente, é fundamental que façamos
essa redução. Para que não sejamos injustos, estamos fazendo uma análise bem
criteriosas. Mas vamos ter que produzir uma redução significativa.
É uma visão de ter
um time mais aguerrido. Quem vai definir fundamentalmente essa questão é o
pessoal do futebol. Vamos tentar compatibilizar essa visão com atletas no
mercado. É difícil ter que determinar um perfil do elenco. O importante é
chegar ao equilíbrio. Não dá para ser completamente técnico ou só combativo.
Hoje
(segunda-feira) vamos ter essa reunião de diretoria, 17h30 da tarde, e então
vamos poder anunciar a diretoria completa e daí fazer os convites (para
cargos). Eu até agora não tenho essa questão de nomes bem definidas. Temos que
entender a situação do plantel e ver o que fazer em 2015.
A questão de custo
ela é bastante relativa. O que você precisa é ter um elenco que te entregue um
produto final de qualidade. Não necessariamente um elenco caro vai te trazer
bom resultado. Você tem que ter boa relação com o mercado e buscar os homens
certos. A expectativa é de ter um plantel competitivo.

01/12/2014 10:11:40
Para evitar protesto e por segurança, Botafogo
volta de São Paulo de ônibus
Clube está rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro
O DIA
Rio - O Botafogo
alterou a programação e voltou de São Paulo de ônibus. A medida foi para evitar
possível protesto da torcida após o rebaixamento para a Série B do Brasileiro.
Inicialmente, a delegação retornaria ao Rio de avião. Porém, por questões de segurança,
o clube mudou de planos.
A programação
inicial indicava o retorno alvinegro às 9h desta segunda-feira, no Galeão.
Porém, a viagem foi antecipada e de ônibus. A delegação do Botafogo chegou ao
Rio por volta das 5h. O policiamento no Engenhão, ponto de chegada do Fogão,
foi reforçado.
O elenco alvinegro
está de folga nesta segunda-feira. O Botafogo foi matematicamente rebaixado
após a derrota para o Santos, domingo, na Vila Belmiro. Nesta segunda, o novo
presidente do clube, Carlos Eduardo Pereira, vai conceder uma coletiva à tarde.

30/11/2014 21:26:08
Botafogo já pensa na Série B
Novo presidente coloca volta à elite como meta para 2015
O DIA
Rio - O presidente
recém-eleito Carlos Eduardo Pereira pediu desculpas aos botafoguenses pelo
rebaixamento à Série B, mas não tem tempo a perder e já vai começar o trabalho
pensando no ano que vem: “O planejamento para 2015 começa agora. Nossa postura
até agora era apoiar a comissão técnica e o grupo para pelo menos levar à
última partida do Brasileiro. Infelizmente não foi possível. Vamos fazer um
balanço do trabalho com Mancini e Gottardo, ver as carências do elenco e a
partir daí vamos agregar com as nossas visões para construir o planejamento
para 2015”, disse Pereira à Rádio Tupi.
Ele já pensa no
trabalho para retornar à elite do futebol brasileiro: “Voltar à Primeira
Divisão é a prioridade. Será um ano muito difícil mesmo, porque talvez a gente
disponha de metade de um orçamento normal do Botafogo. Teremos que apertar o
cinto em muitos dos setores para chegar ao fim do ano realizando o objetivo,
que é recolocar o Botafogo de volta à elite”.O técnico Vagner Mancini falou que
muitas coisas precisam mudar em termos de estrutura para o clube se reorganizar
no futuro.
“Tem que mudar
muita coisa. Temos nova diretoria que entrou e vai analisar. Eles vão ter que
tentar entender tudo que foi feito. Não é só parte de campo, é também a
administrativa, de estrutura. Tem muita coisa para ser arrumada. Pela falta de
dinheiro desgastou-se num todo, não só no futebol. Acho que houve falência de
vários departamentos e há necessidade que reestruture o clube”, disse Mancini.
O técnico não
bancou sua permanência: “Ao longo de todo esse tempo disse que havia interesse
de ficar, mas seria deselegante com uma diretoria que acabou de assumir. Eles
têm total liberdade. Depois, com calma, vamos sentar e ver o que será melhor.
Acho que não devo responder”.

30/11/2014 20:01:06 - Atualizada às 30/11/2014 20:22:08
Após queda, Jefferson desabafa: 'O Botafogo não
merecia passar por isso'
Goleiro foi um dos líderes durante o time na temporada, mas não
conseguiu evitar o rebaixamento do clube
O DIA
Rio - O Botafogo
amargou o segundo rebaixamento da história do clube ao perder por 2 a 0 para o
Santos, neste domingo, na Vila Belmiro. Apesar de precisar desesperadamente da
vitória, o Glorioso foi apático em campo. Um dos pilares do time, Jefferson lamentou
a situação do time durante todo ano e a queda para Série B.
"Tristeza que
eu digo não é pelo o que aconteceu em campo. Somos profissionais, doei, fiz de
tudo pro botafogo nao passar por isso, mas a tristeza que fica é pelo o que
aconteceu esse ano. O Botafogo não merecia passar por isso e por tudo o que
está acontecendo. vamos dar a voltar por cima e ver o que é melhor para o
Botafogo", afirmou o goleiro.
A crítica de
Jefferson não é à toa. O rebaixamento do clube foi encaminhado por diversas
lambanças da diretoria do clube, que nunca conseguiu arcar com o salários dos
jogadores. Mesmo rebaixado, o clube terá que voltar a campo para jogar a última
rodada do Brasileirão. O adversário será o Atlético-MG, no Mané Garrincha, no
próximo domingo.

30/11/2014 19:22:21 - Atualizada às 30/11/2014 19:39:48
Gabriel lamenta rebaixamento e diz: 'Vamos terminar
como homem'
Volante pede para que o elenco reveja todos os erros que aconteceram em
2014 para não repeti-los no ano que vem
O DIA
Santos - Um dos
jogadores que estão a mais tempo no elenco do Botafogo, Gabriel foi um dos que
mais sentiu o rebaixamento do Alvinegro neste domingo. Há dois anos no time
profissional, Gabriel afirmou que os mais antigos são os que mais estão
sofrendo com a queda e pediu para que o time termine o Brasileirão com o minimo
de dignidade.
"A gente que
está um tempo no clube, sente mais que alguns, é normal. Quem está desde o
começo do ano sabe que a gente não queria deixar o Botafogo cair. Falta mais um
jogo, vamos terminar como homem. Tem que ver o que fez errado nesse ano para
corrigir os problemas. Santos jogou dentro de casa, eles não tinham mais nada
para fazer, mas demoramos a reagir, não fizemos gol, eles fizeram...",
disse.
Com 33 pontos e na
19ª colocação, o Botafogo já está matematicamente rebaixado para Série B 2015.
No próximo domingo, o Alvinegro encerra a sua participação na elite contra o
Atlético-MG, às 17h, no Mané Garrincha, em Brasília.

30/11/2014 20:17:59 - Atualizada às 30/11/2014 21:34:45
Queda anunciada! Botafogo acumula erros no ano e
amarga rebaixamento
Salários atrasados, lesões e briga entre diretoria e jogadores são
outros pecados alvinegros na pior temporada da história
O DIA
Rio - Boa campanha
no Brasileirão de 2013, grande ídolo internacional em campo e o retorno à
Libertadores após 18 anos criaram uma grande expectativa tanto no clube quanto
na torcida do Botafogo para a temporada de 2014. Porém, o que parecia um ano
dos sonhos acaba neste domingo como mais um pesadelo para os alvinegros, que
após 12 anos, presenciam mais um rebaixamento do clube carioca para a Série B.
Grave crise
financeira, salários atrasados, 100% das receitas bloqueadas, sucessivas
lesões, demissão de quatros jogadores titulares, brigas entre diretoria e
jogadores e presidente afastado do clube. Este foi o cenário caótico do
Botafogo durante o ano de 2014, que pode ser considerado o pior da história
centenária do clube.
Além disso, a perda
do ídolo Seedorf no início da temporada, que se aposentou para virar treinador,
a aposta em Eduardo Hungaro, treinador inexperiente para comandar o clube na
Libertadores, foram os primeiros indícios de que o ano Alvinegro seria
complicado. A falta de planejamento e de critério na contratação de jogadores
por parte da diretoria também fez com que o Botafogo tivesse um elenco fraco e
sem opções.
Diante de tantos
problemas, o Botafogo vive o pior ano de sua história. Com mais derrotas do que
vitórias na temporada - são 35 em 64 jogos disputados, sendo 22 somente no
Campeonato Brasileiro, a pior marca do clube em toda sua participação na
competição nacional. A última, para o Santos por 2 a 0, sacramentou o segundo
rebaixamento do Alvinegro para a Série B do Brasileirão.

Confira os
principais erros do Botafogo:
Crise financeira
Sem a receita do
Engenhão, fechado para obras estruturais desde 2013, o Botafogo se viu em
situação complicada para montar o elenco para a disputa da temporada de 2014.
Somado ao prejuízo pela falta do estádio, o Alvinegro deixou o Ato Trabalhista.
Posteriormente, 100% da receita do clube foi bloqueada. Sem dinheiro para
contatar e repor a perda de jogadores como Seedorf e Rafael Marques, a direção
resolveu apostar no bom e barato para composição do elenco.
Porém, o barato
saiu caro, já que desde o início do Campeonato Brasileiro a diretoria não
consegue honrar os compromissos com os jogadores e atualmente os atletas estão
próximos de completar três messes sem salários e estão há pelo menos oito sem
receber os direitos de imagens - maior parte dos rendimentos. Além de não poder
atuar no Engenhão, o Alvinegro também se viu proibido de atuar no Maracanã por
conta de ação movida por Joel Santana que penhorou toda a renda dos jogos do clube
no estádio.
Planejamento falho
O elenco que fez
uma ótima temporada em 2013 e recolocou o Botafogo de volta à Libertadores após
18 anos foi completamente desfeito para 2014. Pilares do time como Dória,
Lodeiro e Jorge Wagner deixaram o time no decorrer do Brasileirão, além de
Seedorf, Rafael Marques e Elias, que deixaram o time no início do ano. Com
perdas tão significativas, a diretoria não conseguiu peças de reposição à
altura e esbarrou na dificuldade financeira na hora de contratar, o que reduziu
e muito a qualidade do elenco durante o Brasileirão.

Lesões
Além da pouca
qualidade do elenco, as lesões aumentaram os problemas do Botafogo. Apostando
em jogadores mais experiente como Carlos Alberto, Rodrigo Souto e Marcelo
Mattos, o Alvinegro teve dificuldades em escalá-los já que os atletas passaram
mais tempo no departamento médico do que em campo. Mattos, por exemplo, teve um
problema no púbis e só participou de três partidas na competição. Na reta
final, Rogério e Wallyson também se machucaram nos treinos e desfalcaram o time
nas últimas rodadas do Brasileirão.

Briga entre
jogadores e diretoria - Gottardo x Jefferson, faixa de protesto dos atletas
A crise financeira
e falta de salários criaram um clima de guerra entre os jogadores e a
diretoria, principalmente o presidente Maurício Assumpção. Com promessas
sucessivas não cumpridas de quitação da dívidas, jogadores mais experientes
como Jefferson, Bolívar, Emerson Sheik, Julio Cesar e Edilson passaram a fazer
duras críticas via imprensa ao mandatário e lideraram o grupo de atletas a
reivindicarem seus direitos.
No clássico contra
o Flamengo, sem o conhecimento por parte da diretoria, os jogadores foram a
campo com uma faixa de protesto com os seguintes dizeres: "Estamos aqui
porque somos profissionais e por vocês, torcedores. Cinco meses sem direito de
imagem, três meses sem salários e FGTS". Foi apenas a primeira confusão
entre os jogadores e diretoria. Meses depois, o principal ídolo da torcida e
líder do elenco, Jefferson se envolveu em uma discussão com o gerente de
futebol Wilson Gottardo após o goleiro retornar da seleção brasileira e não se
apresentar para o segundo jogo das quartas da Copa do Brasil contra o Santos,
em São Paulo.
Tudo porque,
segundo o goleiro, ele teria sido dispensado da concentração do time e que
deveria ficar no Rio treinando. Já Gottardo afirmou que Jefferson disse que não
iria se apresentar pois estaria cansado após a longa viagem. O desentendimento
chegou à imprensa. Em uma entrevista, o gerente disse que só lidava com
profissionais e que o camisa 1 não tinha esse perfil. Além do bate-boca com
Gottardo, Jefferson fez constantes críticas ao presidente Maurício Assumpção
durante toda a temporada.

Demissões
Duramente criticado
pelas principais lideranças do elenco, o presidente Maurício Assumpção acabou
se afastando da gestão do futebol do clube durante o Brasileirão. Após
sucessivos problemas e a situação complicada na tabela, o mandatário resolveu
reaparecer para tomar as rédeas da situação e demitiu quatro jogadores que
considerava líderes negativos para o grupo: Bolívar, Edilson, Emerson Sheik e
Julio Cesar. Entres os demitidos, apenas o lateral-esquerdo não era titular
absoluto no time de Vagner Mancini, que após ter ciência das demissões, colocou
o cargo à disposição da diretoria, que recusou demitir o treinador.
Para justificar sua
decisão, Maurício afirmou que tomou esta atitude porque deveria fazer alguma
coisa e, caso o Botafogo fosse rebaixado, a culpa já seria dele, então tudo
deveria funcionar da forma que lhe parecesse certa. Após as demissões, o elenco
ficou ainda mais enfraquecido e o Alvinegro não poderia mais contratar porque
as inscrições no Campeonato Brasileiro já haviam fechado. Além dos quatro
demitidos, o lateral-direito Lucas já havia deixado após entrar na Justiça e
conseguir a rescisão unilateral do seu contrato por conta dos salários
atrasados.

Pior aproveitamento
da história no Brasileiro e no ano
Com inúmeros
problemas extracampo, o Botafogo teve seu pior ano dentro dos gramados. Com 35
derrotas em 64 jogos disputados, o Alvinegro teve a pior temporada em
aproveitamento nos últimos anos. No Brasileiro, o desastre foi maior ainda. Em
37 partidas, o clube carioca saiu derrotado em 22 oportunidades, conquistando
apenas 29,7% dos pontos em jogo. Fora de casa, a campanha foi pior ainda, com
apenas uma vitória, dois empates e 16 derrotas. O aproveitamento é de apenas
8,7%, sendo o pior entre os 20 clubes. Os números evidenciam que o Botafogo
viveu dentro de campo o pior ano de sua história.

Aproveitamento do
Botafogo nos últimos oito Brasileiros:
2006 - 42% = 12
derrotas
2007 - 48% = 11 derrotas
2008 - 46% = 15 derrotas
2009 - 41% = 13 derrotas
2010 - 52% = 7 derrotas
2011 - 49% = 14 derrotas
2012 - 48% = 13 derrotas
2013 - 53% = 11 derrotas
2014 - 29,7% = 22 derrotas
2007 - 48% = 11 derrotas
2008 - 46% = 15 derrotas
2009 - 41% = 13 derrotas
2010 - 52% = 7 derrotas
2011 - 49% = 14 derrotas
2012 - 48% = 13 derrotas
2013 - 53% = 11 derrotas
2014 - 29,7% = 22 derrotas
Reportagem Edsel
Britto
30/11/2014 18:57:30 - Atualizada às 30/11/2014 20:29:04
Com atuação apática, Botafogo perde para o Santos e
cai para a Série B
Alvinegro é amplamente dominado pelo Peixe, não oferece resistência e
queda para segunda divisão é sacramentada
O DIA
Santos - A tragédia
anunciada finalmente se concretizou. Agonizando há algumas rodadas, o Botafogo
perdeu para o Santos por 2 a 0 neste domingo, chegou a sexta derrota
consecutiva e sacramentou o segundo rebaixamento da história para a Série B.
Com uma atuação apática e sendo amplamente pelo Peixe, o Alvinegro não ofereceu
nenhuma resistência e não evitou a queda para a segunda divisão. Leandro Damião
marcou os dois gols da partida e foi o carrasco responsável por definir a queda
da Estrela Solitária.
O único a se salvar
pelo lado carioca foi o goleiro Jefferson, que com pelo menos quatro defesas
dificeis, teve uma atuação digna em um jogo marcado por erros e apatia. O
volante Gabriel, que demonstrou vontade durante toda a partida, também mostrou
um nível um pouco superior aos seus companheiros. Os demais jogadores
mantiveram o mesmo pífio desempenho que tiveram durante toda a temporada.
Com a derrota, a
sexta seguida e a 22ª no Brasileiro, o Botafogo segue em 19º lugar com 33
pontos. No próximo domingo, o Alvinegro encerra a sua participação na Série A
contra o Atlético-MG, às 17h, no Mané Garrincha, em Brasília. Já o Santos se
mantém na 9ª colocação com 50 pontos e fecha a temporada de 2014 também no
domingo contra o Vitória, às 17h, no Barradão.
O JOGO
Sem grande
aspirações no Brasileiro, o Santos entrou em campo com muito menos peso do que
o Botafogo, que precisava vencer a qualquer custo para tentar se salvar da
queda, mas quem começou melhor o jogo foi exatamente os donos da casa. Logo no
primeiro minuto, após falha da zaga, Gabriel emendou de primeira da entrada da
área e a bola passou com perigo a meta de Jefferson.
Visivelmente nervoso,
o Alvinegro não conseguia trocar passes e via o Peixe dominar as ações nos
primeiros momentos de jogo. Aos 9, novamente o Santos chegou com perigo. Após
falta cobrada na área, Gabriel recebeu em posição legal e rolou para David
Braz, que já na pequena área, isolou por cima e perdeu uma chance clara de
abrir o placar. A primeira chance do Botafogo veio apenas aos 15. Após falta
cobrada para área, André Bahia desviou e a bola passou a direita do gol de
Aranha.
Aos 28, Robinho e
Gabriel fizeram uma bela troca de passes na entrada, e após um drible
desconcertante em Dankler, o camisa 7 saiu cara a cara com Jefferson que abafou
e fez uma defesa linda. Perdido em campo, o Botafogo via o Santos dominar o
jogo com facilidade. Aos 35, o Peixe chegou duas vezes com perigo com Thiago
Ribeiro e Renato, mas Jefferson, principal nome da partida, manteve o zero no
placar.
Somente aos 39 o
Alvinegro conseguiu chegar novamente. Gabriel, do Botafogo, recebeu na entrada
área, avançou e finalizou para defesa de Aranha. Aos 41, Renato pegou a sobra
do escanteio e levantou na área para Gabriel carimbar a trave de Jefferson.
Mais uma vez o Botafogo se safa de levar o primeiro gol. Após o lance, Dankler
e Andreazzi discutiram asperamente e trocaram empurrões dentro da área.
O Botafogo voltou
para o segundo tempo com a mesma preguiça do primeiro e o Santos continuava
dominando a partida. Após entrar no intervalo no lugar de Robinho, Leandro
Damião precisou de três minutos para corresponder. O camisa 9 fez uma linda jogada
dentro da área driblando por duas vezes Dankler e finalizou no cantinho para
abrir o placar na Vila Belmiro.
Após o gol, Vagner
Mancini resolveu colocar o time para frente e colocou o atacante Murilo no
lugar do volante Andreazzi. A mudança não surtiu efeito e o Santos continuou
dominando a partida sem ser incomodado. Aos 9, Lucas Lima invadiu a área e
finalizou para boa defesa de Jefferson. Aos 12, Mamute fez a primeira jogada de
perigo do Botafogo no segundo tempo. O atacante driblou para o meio e chutou a
esquerda da meta de Aranha.
Aos 18, Gabriel, o
melhor jogador em campo do Santos, fez novamente uma boa jogada pela direita e
cruzou rasteiro para Thiago Ribeiro apenas empurrar para o gol, mas o lance foi
anulado por impedimento. Atordoado e perdido em campo, o Botafogo continuava a
ser amplamente dominado pelo Peixe e não conseguia oferecer perigo aos donos da
casa. Com espaço e total facilidade para trocar passes, o Santos chegava fácil
próximo ao gol de Jefferson, porém não conseguia finalizar.
Apático e entregue,
somente o camisa 1 Alvinegro teve uma atuação digna. Aos 30, Renato apareceu
sozinho na marca do pênalti e cabeceou à queima roupa e novamente Jefferson fez
uma defesa espetacular evitando que o placar aumentasse.
Aos 44, após grande
lambança da zaga, a bola sobrou para Leandro Damião dentro da área que
finalizou com força e sacramentou o retorno do Botafogo a Série B após 12 anos
do primeiro rebaixamento.
FICHA TÉCNICA
SANTOS 2X0 BOTAFOGO
Estádio: Vila Belmiro
Árbitro: Pedro Henrique de Godoy Bezerra (SC)
Renda e Público: R$ 126.750,00/Pagante: 4.269
Gols: Leandro Damião (Santos, aos 3' e aos 44' do 2ºT)
Cartões Amarelo: Junior Cesar (Botafogo) e Caju (Santos)
Cartões Vermelho: -
Árbitro: Pedro Henrique de Godoy Bezerra (SC)
Renda e Público: R$ 126.750,00/Pagante: 4.269
Gols: Leandro Damião (Santos, aos 3' e aos 44' do 2ºT)
Cartões Amarelo: Junior Cesar (Botafogo) e Caju (Santos)
Cartões Vermelho: -
SANTOS: Aranha,
Daniel Guedes, Edu Dracena, David Braz e Caju; Alison, Renato e Lucas Limas;
Thiago Ribeiro (Diego Cardoso, aos 28' do 2ºT0, Robinho (Leandro Damião,
intervalo) e Gabriel (Serginho, aos 36' do 2ºT). Técnico: Enderson Moreira.
BOTAFOGO: Jefferson,
Régis, Dankler, André Bahia e Junior Cesar; Airton, Gabriel, Andreazzi (Murlio,
aos 6' do 2ºT) e Ronny (Gegê, aos 12' do 2ºT); Yuri Mamute e Bruno Corrêa
(Maikon, intervalo). Técnico: Vagner Mancini.

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