14/12/2014 15:28:31
André Bahia acerta com clube japonês e deixa o
Botafogo
Zagueiro foi um dos poucos perdoados pela torcida na queda
O DIA
Rio - O Botafogo
terá um desfalque inesperado para a temporada de 2015. Trata-se do zagueiro
André Bahia, que acertou uma proposta do Shonan Bellmare, do Japão, e não
ficará no ano que vem. O defensor era um dos poucos atletas elogiados pela
torcida na campanha que rebaixou o Glorioso para a Série B do Brasileirão.
"O Botafogo de
Futebol e Regatas comunica que o atleta André Bahia, por força contratual, não
é mais jogador do clube. No contrato em vigor com o zagueiro havia uma cláusula
que, no caso de proposta de um clube do Japão até 31 de dezembro deste ano, o
mesmo seria liberado, o que aconteceu. Os melhores agradecimentos do Clube
ao atleta pelos serviços prestados", disse a nota oficial no site do clube
carioca.
O contrato com os
japoneses terá a duração de dois anos, mesmo período em que esteve em General
Severiano. André Bahia chegou a estar perto de acertar a renovação com o
Botafogo, principalmente por ter um termo de compromisso assinado com valores e
mais uma ano de renovação, mas uma cláusula contratual liberava o jogador em
caso de ofertas de fora do país.

13/12/2014 23:22:56
Barros perde força e Carlos Alberto Torres é o nome
Com Renê Simões acertado, Capitão do Tri deve assumir a direção técnica
RODRIGO STAFFORD
Rio - Com Renê
Simões acertado como novo treinador do Botafogo, agora o clube busca um nome
para ser o novo diretor-técnico no lugar de Wilson Gottardo, que foi demitido.
O nome de Anderson Barros perdeu força e está praticamente descartado por causa
do alto salário em um momento que o Alvinegro sofre com as finanças. A solução
deve ser colocar Carlos Alberto Torres, que vem colaborando com a nova
diretoria no cargo.
A ida do Capitão do
Tri para a função agrada por vários fatores. Seria um nome mais barato, com
aceitação no mercado e identificado com a nova diretoria, já que apoiou a
eleição do presidente Carlos Eduardo Pereira desde o primeiro momento.
PATROCÍNIO MASTER
O Botafogo e Viton
44 seguem tentando encontrar um meio termo na negociação, mas ainda não tiveram
sucesso. Em caso de acerto, já está estabelecido que a empresa só terá a parte
do patrocínio master (frente e costas da camisa), bem diferente deste ano, quando
também estampou as marcas na barra e manga do uniforme alvinegro por R$ 25
milhões.
A Viton 44 ofereceu
R$ 9,5 milhões de patrocínio, mas o Botafogo fez a contra-proposta de R$ 14
milhões, o mesmo que a empresa paga ao Fluminense. Os dois lados precisarão
ceder bastante para conseguir chegar a um acordo.

13/12/2014 23:34:38
Uma grave suspeita de corrupção
Mesmo após sair da presidência, Assumpção causa crise no Botafogo
MÁRCIO GUEDES
Rio - O empresário
Neville Proa, dono da marca de bebidas que patrocinou o Botafogo neste ano, fez
sérias denúncias contra Maurício Assumpção e, segundo ele, “a rodinha lá de
dentro”. Não se prova nada só falando e é importante que as partes envolvidas
mostrem os seus trunfos. O empresário precisa documentar a sua acusação e
Maurício deixar a autoindulgência de lado e tentar convencer a todos que foi
apenas um dirigente incompetente — não lesou o clube de coração, já tão
fragilizado. O problema é que a declaração de Neville pode colar na medida em
que o clube não teve receitas para pagar aos funcionários e nem sequer honrar
as obrigações com impostos e regulações trabalhistas. Ele precisa apenas vir a
público e dizer o que fez com o dinheiro. O silêncio de Maurício nos últimos
meses, quando nem conversava com os mais próximos auxiliares, parece agora
ainda mais estranho. Uma pena que o Botafogo tenha sido massacrado através de
décadas e sofra um assalto constante em sua história. O Glorioso não merecia
isso.
Novo presidente do Botafogo dá ótimo
exemplo na Região Serrana ao
resgatar das
ruas animais abandonados (Marcia Vieira)
Rio – Um
encontro com um simpático vila-lata sarnento, na varanda de um restaurante em
Petrópolis, mudou para sempre a vida de Carlos Eduardo Pereira, o novo
presidente do Botafogo. O olhar suplicante do cãozinho comoveu o dirigente e
ampliou sua percepção do mundo. Após ser adotado, o totó ganhou o mesmo nome do
mascote alvinegro, Biriba, e se tornou um amigo leal para toda a vida. Nascia
ali o Gapa-MA Itaipava (Grupode Assistência e Proteção aos Animais e ao Meio
Ambiente), que há 15 anos resgata e encaminha para adoção animais abandonados
na Região Serrana.
“A adoção
do Biriba, em 1999, mudou nossas vidas. Ele nos ensinou a ver o universo enorme
de sofrimento de animais carentes aí fora. Os cães te oferecem amizade pura,
não querem saber se você tem dinheiro, trabalho ou poder. São verdadeiros”, diz
Carlos Eduardo, sem esconder o ar saudoso pela perda do amigo. Três dias depois
de ele ter sido eleito presidente do Botafogo, Biriba morreu de complicações da
velhice.
Em sua
bela casa, cercada por imensos eucaliptos e pinheiros, outros ‘Biribas’
espantam sua tristeza. Que o digam Kika, Lelê, Nininha, Louise, Branca, Fifi,
Pintadinha, Mathilda e a recém-chegada Peppa, uma simpática porquinha que
escapou por pouco da ceia do Natal. Sobreviventes dos maus-tratos e abandono
das ruas, elas ganharam com Carlos Eduardo e a sua mulher, Rosemary Hissa, uma
chance de viver com dignidade. “Hoje temos oito cães. Só adotamos animais que
têm problemas de saúde ou algum defeito físico. Pego os que ninguém quer e te
digo: sou muito feliz com isso”, afirma Carlos Eduardo, que construiu enorme
canil no quintal de casa.
No belo
refúgio, a matilha conta com o amor incondicional do casal para se livrar das
marcas da crueldade humana. “A Nininha levou uma facada na cabeça e ficou com
defeito motor no lado direito do corpo. A Louise foi atropelada e ainda teve
cinomose, leptospirose. A nossa guardiã é linda”, derrete-se o presidente
alvinegro, que não teve filhos. “A vida não nos colocou nesse caminho. Até nos
cadastramos em 2009 para adoção, mas nunca nos apresentaram uma criança. Com o
tempo desistimos e os cachorros ganharam mais importância”, revela.
RESGATE DAS TREVAS
Outra
paixão desse empresário bem-sucedido do ramo imobiliário, de fala mansa e tom
cordial e polido, são os livros de história e automobilismo. “Sou admirador do
Emerson Fittipaldi. É o meu grande ídolo. Agora temos o Felipe Nasr, que é
botafoguense e uma grande promessa”, comemora.
Os principais objetivos do presidente são recuperar a credibilidade do Botafogo e resgatá-lo do inferno da Segunda Divisão. Uma missão difícil em um clube que tem praticamente todas as receitas penhoradas pela Justiça e dívidas que superam os R$ 700 milhões: “A dívida dobrou na gestão do Maurício Assumpção. Descobrimos outra dívida de R$ 20 milhões com a Odebrecht, que não consta na nossa contabilidade. Onde está esse dinheiro? Vamos contratar uma auditoria, nada será varrido.”
Os principais objetivos do presidente são recuperar a credibilidade do Botafogo e resgatá-lo do inferno da Segunda Divisão. Uma missão difícil em um clube que tem praticamente todas as receitas penhoradas pela Justiça e dívidas que superam os R$ 700 milhões: “A dívida dobrou na gestão do Maurício Assumpção. Descobrimos outra dívida de R$ 20 milhões com a Odebrecht, que não consta na nossa contabilidade. Onde está esse dinheiro? Vamos contratar uma auditoria, nada será varrido.”
Se não
bastasse a herança maldita, a atitude da antiga diretoria também é motivo de
críticas: “Não fizeram transição. Recentemente, descobri que a CBF tinha
colocado um carro a nossa disposição e que o Engenhão abrigava uma fábrica de
gelo, sem registros.”
Sem recursos, Carlos Eduardo vai cortar gastos pela raiz e buscar receitas: “A turma do Maurício é grande e será afastada. Vamos renegociar o dinheiro da camisa e do material esportivo.” Para a recuperação financeira, o Engenhão é fundamental. “Faremos parcerias com outros clubes nos dias em que não formos jogar. E tem o naming rights do Engenhão, que será o estádio da Olimpíada”.
Sem recursos, Carlos Eduardo vai cortar gastos pela raiz e buscar receitas: “A turma do Maurício é grande e será afastada. Vamos renegociar o dinheiro da camisa e do material esportivo.” Para a recuperação financeira, o Engenhão é fundamental. “Faremos parcerias com outros clubes nos dias em que não formos jogar. E tem o naming rights do Engenhão, que será o estádio da Olimpíada”.
Outra
aposta é a torcida: “Vamos criar um plano de sócio-torcedor muito agressivo. O
dinheiro será destinado apenas ao futebol. O clube esgotou sua capacidade de
endividamento, mas tem horizontes. O Botafogo é uma marca muita forte. É muito
maior do que todos nós.”


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