08/12/2014 23:20:29
O passado como exemplo para o Botafogo
Após levarem o Glorioso à Série A em 2003, Túlio e Sandro pedem calma
O DIA
Rio - Doze anos depois do primeiro rebaixamento no
Brasileiro, o Botafogo se vê novamente na Série B e em um cenário ainda mais
preocupante do que o vivido em 2003. Integrantes do time que reconduziu o
Glorioso à Primeira Divisão, o zagueiro Sandro e o volante Túlio acreditam que
a situação financeira na qual o clube se encontra será o principal adversário a
ser batido em 2015.
A nova diretoria, dizem, precisa reconquistar a
confiança do elenco para que o acesso aconteça sem sustos. Para Túlio, a grande
diferença de 2014 para 2003 será a relação de apoio mútuo entre jogadores e
direção, o que não aconteceu nesta temporada.
“O comandante de um clube não pode deixar os
comandados à deriva. E foi exatamente isso o que aconteceu este ano. O
presidente Maurício Assumpção virou as costas para o elenco e não deu a cara a
tapa na hora que precisava. Naquela época, sabíamos que tudo melhoraria com o
acesso, mas agora o Botafogo precisa se organizar para não penar na Série B.
Assim como foi o Vasco em 2014. Se o Botafogo não se organizar e se preparar o
ano que vem vai ser complicado, tem que priorizar a Série b, o Carioca vai ser
apenas experiência, se for possível dar chance para os jovens no Estadual para
mostrar se podem ajudar durante a temporada. É ruim pro torcedor ver o time
sofrer no Carioca, mas seria bom para o planejamento. O presidente deveria
externar isso, que o Estadual não vai ter tanta importância”, advertiu Túlio,
que elogiou o comando de Levir Culpi e Bebeto de Freitas.
"A contribuição do Levir foi imensa, talvez
com outro treinador que não tivesse a capacidade deles a gente não conseguisse
o acesso. Desde o Carioca tivemos muita turbulencia até o fim da Série B, altos
e baixos. O Levir pode não ter sido meu melhor treinador dentro de campo, mas
em relacionamento ele foi um dos melhores com o grupo, ninguem perdia o foco.
Não tinha briga interna, se tivermos um treinador em 2015 sem essa capacidade,
vai ser dificil, dificuldade financeira vai ter, esse ano foi um desastre
total. O Mancini não tem culpa, acho que nenhum outro treinador teria
capacidade", opinou.
Seguindo a mesma linha, Sandro destacou a presença
do presidente Bebeto de Freitas no apoio ao elenco: "O Bebeto trouxe um
treinador que era bom para todo mundo, não era fechado com empresário e acabou
que o Levir formou tudo aquilo ali (ambiente bom no vestiário). Nunca joguei em
um time igual ao de 2003, talvez o Sport em 94 quando eu estava começando no
profissional. Mais ai no Sudeste é muito difícil pegar um time como aquele
Botafogo. O salário é maior ai. Pessoal acaba ficando mais afastado, aqui no
Nordeste é mais unido nessa questão de grupo. Mas era muito boa a amizade
naquele grupo, a gente se fala até hoje", disse.
Disputar a Série B na ocasião não era novidade para
Túlio. Identificado com o Goiás, o jogador já tinha vivido a experiência de
conquistar um acesso com uma equipe acostumada a Séria A. Apesar disso, o
volante afirma que estar no Botafogo coloca o patamar de disputa em um nível
bem mais elevado.
"Em termos de historia é maior que o Goiás, eu
sai com aquela expectatitva de estar chegando em um time grande como o
Botafogo. Com o peso da camisa, era outro status pro atleta. Quando eu cheguei
no Botafogo, eu me apresentei na Granja, eles estavam lá, tudo que eu pensei
estava se concretizando. Depois de 10 dias fomos paro Caio Martins, encontramos
problemas de estrutura. Não tinha água, não tinha energia e era o unico local
que tínhamos. Depois disso, ficamos rodando de campo em capo, treinamos no CFZ,
em Niterói, aquilo me assutou muito. O elenco foi totalmente reformulado, o
Carioca foi desastroso, entramos em uma Série B totalmente desacreditados.
Tivemos empates, derrotas, até o time encaixar, começou a subir e conseguimos
um acesso dificil porque só subiam dois. Tivemos dificuldade financeira, o
Bebeto assumiu sem saber o que devia e tudo mais, ele tinha que se virar
sozinho. Ele foi bem transparente, nós sabiamos de tudo que acontecia, era o
meio que ele tinha. Não era questão de entender, mas sabíamos da dificuldade do
clube, ele não tinha má intensão", disse.
Em 2003, o apoio da torcida foi decisivo na luta
para voltar à Primeira Divisão. Sandro destaca que a presença e a paciência do
torcedor serão fundamentais em 2015. “Espero que a torcida faça como fez em
2003. A gente nem patrocínio na camisa tinha, mas havia apoio nas arquibancadas.
O Botafogo é para a vida inteira. Treinador passa, presidente passa, mas o
clube fica. Peço que o torcedor tenha paciência com o time, pois momentos
difíceis vão sempre existir”, disse Sandro.


Reportagem de Edsel Britto e Victor
Abreu
08/12/2014 20:06:53
Artilheiro do Botafogo no ano, Zeballos não vai
ficar no Alvinegro em 2015
Atacante paraguaio marcou nove gols pelo Glorioso no ano
O DIA
Rio - Após o fim do Brasileirão, o Botafogo já tem
a sua primeira baixa para 2015. O atacante Zeballos está de saída do clube.
Mesmo sendo o artilheiro do Alvinegro na temporada com nove gols, o paraguaio
não conseguiu convencer a torcida. O atleta pertence ao Nacional, do Paraguai,
e o Glorioso precisava desenbolsar dois milhões de dólares (cerca de R$ 5,2
milhões) para ficar com o atleta em definitivo, valores complicados para a
atual situação financeira do clube.
Além disso, o Alvinegro tinha uma dívida com o
jogador. O Glorioso devia R$ 800 mil ao paraguaio. Zeballos ficou insatisfeito
com a situação, já que não tem perspectiva de receber a quantia.
De saída, Zeballos pode voltar a defender o
Olimpia, clube onde já teve duas passagens. Ir para o futebol asiático também é
uma opção. O paraguaio deixa o Glorioso após 36 partidas e muitos altos e
baixos.

08/12/2014 14:05:53
Mancini revela vontade de continuar e pede
reestruturação do Botafogo
Técnico abre possibilidade de sentar com diretoria para conversar e
discutir renovação de contrato para 2015
O DIA
Brasília - Rebaixado para a Série B, o Botafogo se
despediu do Brasileirão com um empate sem gols com o Atlético-MG. Agora, o
clube olha para 2015 e precisa definir o planejamento para a próxima temporada.
O técnico Vagner Mancini, que tem contrato até o fim do ano, revelou vontade de
continuar no clube.
"Obviamente, a vontade de todo técnico é ficar
e desenvolver o trabalho, mas isso depende da decisão de uma diretoria que está
chegando agora. Tendo Mancini ou não, o mais importante é que o Botafogo possa
se reestruturar. Internamente, muita coisa deixou de ser feita. Hoje eu posso
dizer que é necessária uma reestruturação geral, que o Botafogo reorganize seu
departamento de futebol, porque um clube dessa envergadura não pode ter o que
nós passamos, fosse dentro de campo ou em termos de estrutura", disse
Mancini.
O técnico não falou em tom de despedida e se
mostrou aberto a conversar com a nova diretoria. Mancini ainda fez um alerta
para o Botafogo: precisa melhorar a estrutura e dar condição no dia a dia do
futebol.
"Vamos sentar, conversar e, na base do
diálogo, ver o que foi feito de errado e o que precisa ser feito. Há muitas
coisas a acertar para desenvolver o trabalho, seja com o Mancini ou com outro
treinador. É preciso um ambiente em que o técnico não tenha outra coisa a fazer
a não ser dar treino e exigir dos atletas. Porque chega uma hora em que o
desgaste é tão grande que a cobrança é mais pesada e o desânimo acaba batendo.
Você não recebe salário e o atraso de certa forma foi o ponto alto de todo este
ano. A partir do momento que tudo for jogado na mesa e a diretoria tomar
ciência de tudo que é necessário fazer, aí sim, a gente pode iniciar uma
conversa", declarou.

07/12/2014 19:32:58
Após jogo, Marcelo Mattos desabafa: 'Que não
impeçam o Fogão de crescer'
Volante ainda não sabe se vai continuar no clube em 2015
O DIA
Brasília - Desfalque durante quase todo o
Brasileirão, Marcelo Mattos parece mesmo estar disposto a continuar no Botafogo
na próxima temporada. Após o fim do jogo contra o Atlético-MG, em Brasília, o
jogador desabafou sobre o ano complicado do Glorioso.
"Vamos ver o que vai acontecer, mas espero que
esse time volte a disputar as primeiras posições, a Libertadores, e que ninguém
mais impeça o clube de crescer. Quando viram que estava crescendo, cortaram a
asa do Botafogo. Mas em 2016 a gente vai estar de volta à Primeira
Divisão", afirmou.
Marcelo Mattos tem contrato com o Botafogo para o
próximo ano, porém, como a nova diretoria ainda não definiu o planejamento
financeiro da temporada 2015, a permanência do jogador ainda é indefinida.
07/12/2014 18:53:57 -
Atualizada às 07/12/2014 19:16:02
Botafogo e Atlético-MG não saem do zero no estádio
Mané Garrincha
Equipes produziram poucas chances de gols em Brasília
O DIA
Brasília - No duelo de Alvinegros, as torcidas
viviam dois sentimentos diferentes. Enquanto os cariocas se lamentavam pelo
rebaixamento para à Série B, os mineiros celebravam o seu título da Copa do
Brasil e a vaga na Copa Libertadores 2015. Em campo, o zero a zero sacramentou
a falta de objetividade das equipes na partida.
O Atlético-MG encerrou sua participação no
Campeonato Brasileiro com 62 pontos, ocupando o 5º lugar. Já o Botafogo, chegou
aos 34, na penúltima colocação.
O JOGO
O primeiro tempo começou com as duas equipes se
estudando. Como os times não entraram em campo com seus times titulares, a
falta de entrosamento era visível em ambos os lados.
O time mineiro mostrou um pouco mais de técnica e
aproveitou os erros da defesa carioca para criar suas jogadas. O lance de maior
perigo da primeira etapa foi de Carlos. O jogador do Galo recebeu lançamento,
driblou Fabiano e bateu cruzado. A bola passou por cima do travessão do goleiro
Helton Leite.
Na segunda etapa, o Botafogo começou assustando o
Galo com Maikon. O atacante emendou de primeira, a bola passou raspando a
trave. A resposta mineira veio com Marion, Dodô e Pierre, minutos depois.
O Botafogo respondeu com Fabiano, mas Uilson fez
bela defesa para evitar o primeiro gol do jogo. Depois disso o jogo caiu de
rendimento e os times se arrastaram em campo. O zero a zero permanceu até o
fim.
FICHA TÉCNICA
Botafogo 0 x 0 Atlético-MG
Estádio: Mané
Garrincha (Brasília)
Árbitro: Manoel Lopo Garrido (BA)
Público: 3.694 pagantes
Renda: R$ 264.120,00
Gols: nenhum
Cartão Amarelo: Pedro Botelho (ATL-MG, aos 30' do 1ºT), Fabiano (BOT, aos 11' do 2ºT), Eduardo (ATL-MG, aos 18' do 2ºT), Jemerson (ATL-MG, aos 28' do 2ºT), Maikon (BOT, 31' do 2ºT) e Marcelo Mattos (BOT, aos 39' do 2ºT)
Cartão Vermelho: nenhum
Árbitro: Manoel Lopo Garrido (BA)
Público: 3.694 pagantes
Renda: R$ 264.120,00
Gols: nenhum
Cartão Amarelo: Pedro Botelho (ATL-MG, aos 30' do 1ºT), Fabiano (BOT, aos 11' do 2ºT), Eduardo (ATL-MG, aos 18' do 2ºT), Jemerson (ATL-MG, aos 28' do 2ºT), Maikon (BOT, 31' do 2ºT) e Marcelo Mattos (BOT, aos 39' do 2ºT)
Cartão Vermelho: nenhum
Botafogo: Helton Leite;
Régis, Dankler, André Bahia e Fabiano (Andreazzi, aos 40' do 2ºT); Airton,
Marcelo Mattos e Gabriel; Yuri Mamute, Bruno Corrêa (Maikon, no intervalo) e
Murilo. Técnico Vagner Mancini.
Atlético-MG: Uilson; Alex
Silva, Tiago, Réver (Jemerson, aos 16' do 2ºT), Pedro Botelho; Pierre, Josué,
Eduardo, Dodô; Marion e Carlos. Técnico Levir Culpi.

04/12/2014 15:32:54
Montenegro nega apoio a nova diretoria do Bota, mas
elogia presidente eleito
Ex-dirigente também fez críticas a Maurício Assumpção
O DIA
Rio - Um dos nomes mais influentes da política do
Botafogo, o ex-presidente Carlos Augusto Montenegro disse que não está disposto
a ajudar a nova diretoria que venceu o pleito na semana passada. O
ex-mandatário afirmou que a partir de agora fará oposição ao atual presidente
Carlos Eduardo Pereira.
"Não (ele, Montenegro), não está a disposição
do Carlos Eduardo Pereira, nem do clube. O Botafogo deu show de democracia e
temos de aclamar. Todos os candidatos foram corajosos, pois a situação do
Botafogo é dificílima. O Carlos (Eduardo Pereira) sempre militou na oposição,
sempre foi duro, muito critico. Vou fazer oposição no meu estilo, com diálogo.
Não vou ajudar porque o Botafogo precisa caminhar sozinho, estou cansado. Não
pretendo ajudar em nada. Vou tirar férias e depois vou me sentar na cadeira que
ele sentou nestes 20 anos. Gostaria que tudo que pregaram como oposição nestes
20 anos, que façam agora", afirmou Montenegro, em entrevista à Rádio
Manchete. O ex-presidente também aproveitou para elogiar o novo mandatário:
"Carlos Eduardo Pereira é uma pessoa correta, uma pessoa muito, muito
séria, mas tem que ter equipe, tem que ter humildade. E tem que ver como
conseguirá receita. Teremos um time do tamanho da receita", disse.
Montenegro também falou sobre Maurício Assumpção.
Para ele, o principal erro do ex-presidente foi pensar que o Botafogo era de
propriedade dele e não poupou críticas sobre a gestão dele.
"O Mauricio sai como um dos piores presidentes
que o Botafogo teve. Ele teve cinco anos regulares, mas achou que o Botafogo
era dele e de seus amigos. Neste último ano, ele fez as maiores besteiras que
um presidente poderia fazer, ora por incompetência ora por ganância, por
amadorismo e soberba. Um ano horroroso. Como coisas não éticas como a família
dele ganhar comissão em patrocínio do clube, uma coisa melancólica, não pagou
aos jogadores. Dizem que assumem a responsabilidade, mas não assumem nada. O
que quer dizer assumir responsabilidade? Acabou, vão embora e não aparecem
mais. Não tem um dinheiro para 2015 que não tenha sido antecipado, o Engenhão é
uma incógnita sempre. Desconfio se o Engenhão é realmente uma boa fonte de
receita. Comparam quando todos jogavam lá e com o Maracanã estava
fechado", finalizou.

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