Cidinho vai operar joelho esquerdo e só deve voltar
aos gramados após a Copa
Jogador se lesionou contra o Nova Iguaçu, pelo estadual, mas problema é
mais simples que a contusão da última temporada
O DIA
Rio - O
meia-atacante Cidinho lesionou o joelho esquerdo na última rodada do Campeonato
Carioca, contra o Nova Iguaçu. Desde então, vinha realizando tratamento no
local nas últimas semanas, mas a recuperação não obteve melhora. Após avaliação
do departamento médico do Botafogo e dos resultados dos exames, o jogador terá
que passar por uma artroscopia, no prazo de duas semanas.
Entretanto, a
contusão de Cidinho é mais simples que o problema que teve no último ano,
quando rompeu o ligamento do joelho direito. A séria lesão o tirou do restante
da temporada.
O jogador só deve
voltar a estar à disposição do técnico Vagner Mancini após a Copa do Mundo, que
se encerra no dia 13 de julho, na decisão no Maracanã. Este será o tempo
necessário para o jogador de 21 anos recuperar seu condicionamento físico.

Diante da crise financeira, Botafogo inicia o
Brasileiro como uma incógnita
Fogão tenta 'esquecer' os maus resultados do primeiro semestre e ganha
gás com a chegada de Sheik e Mancini
O DIA
Rio - O Botafogo
começa o Brasileirão em meio a um cenário de crise. Com problemas financeiros,
a diretoria não consegue pagar os salários dos jogadores em dia. O elenco
protestou antes de alguns treinamentos. Para piorar a situação, dentro de campo
o desempenho foi o pior possível: eliminações nas primeiras fases do Campeonato
Carioca e da Libertadores. Os maus resultados não seguraram Eduardo Hungaro no
cargo de treinador e Vagner Mancini vai comandar a equipe no Campeonato
Brasileiro. A esperança é que o técnico repita o feito do Atlético-PR, quando
classificou o clube para a Libertadores mesmo com um elenco mediano.
Mancini iniciou o
trabalho na quarta, a quatro dias da estreia na Libertadores, contra o São
Paulo, às 16h, no Morumbi. O técnico tem a missão de reestruturar o time e
brigar novamente no topo da tabela.
Na tentativa de
qualificar o grupo, o Glorioso contratou o atacante Emerson Sheik. O novo
reforço desembarca em General Severiano com o objetivo de comandar o time no
torneio e repetir o histórico vencedor que tem. Depois de suprir a carência no
ataque, o clube dificilmente deve trazer outros jogadores, já que tem
dificuldades financeiras.

Destaque
Emerson Sheik. O
atacante, acostumado a ganhar títulos importantes, deve trazer experiência ao
time. Além disso, o recém-contratado "encaixa" com o estilo de jogo
de Ferreyra, pois atua pelos lados do campo. Para os alvinegros, Sheik é a
esperança de gols ao lado de El Tanque.
Time-base
Jefferson, Lucas,
Dória, Bolívar e Julio Cesar; Gabriel, Marcelo Mattos, Jorge Wagner e Lodeiro;
Sheik e Ferreyra.

Novo dono da camisa 7, Sheik avisa: 'Farei de tudo
para honrar esse clube'
Atacante é apresentado no Engenhão e chega confiante para fazer boa
temporada no Botafogo; Dívidas não preocupam

DIEGO LOPES E RAFAEL ARANTES
Rio - Uma nova
referência. O Botafogo apresentou o atacante Emerson Sheik como seu mais novo
reforço. Ainda carente de um grande goleador, o Glorioso conta com a chegada do
ex-corintiano como a nova aposta de gols e sucesso no clube. Empolgado, o
jogador chega com o intuito de prosseguir com a caminhada vencedora no futebol
brasileiro e a missão será ainda maior ao ser o novo dono da idolatrada camisa
7 do Alvinegro.
Durante a coletiva
de apresentação, Sheik não poupou palavras. Recém-chegado, o craque já projeta
uma era de sucesso em General Severiano. A expectativa é fazer o máximo e
contar com a ajuda dos novos companheiros para levar o Botafogo ao rumo dos
títulos.
"O Botafogo é
um desafio a mais, eu venho para jogar 100%. O futebol é um esporte coletivo e
todo mundo sabe que um só não vai resolver o problema. Quem precisa de um grupo
não é com 11 e sim com 30 atletas. Tenho minha parcela de contribuição, farei o
máximo para que tudo aconteça, mas todos precisam ajudar. Chego com o espírito
de querer vencer, mas sempre contando com o apoio dos companheiros. Chego num
clube grande, que é o Botafogo, e mais uma vez a ideia é fazer história,
conquistar e vencer. O pensamento é o mesmo que sempre mantive por onde
passei", disse Sheik, que não poupará esforços para honrar a tão
idolatrada camisa 7 do Glorioso.
"Quem sabe um
pouco da história do Botafogo sabe o que essa camisa representa. Aqui, este
número sete representa o que é a dez para alguns outros clubes. É uma honra
receber essa camisa. Não sei se vou conseguir fazer o que outros grandes ídolos
fizeram, mas enquanto estiver aqui vou me doar ao máximo com garra, luta e
muito afinco. O torcedor botafoguense pode esperar o meu melhor e vou fazer de
tudo para honrar essa camisa", acrescentou.
Mesmo muito
empolgado Emerson ainda não tem data marcada para estrear pelo Botafogo. O
jogador admitiu a pouca probabilidade de estar em campo na primeira partida da
equipe no Brasileirão, contra o São Paulo, mas garante que espera um trabalho
árduo para poder entrar em campo logo na segunda rodada do torneio, contra o
Internacional.
"Gostaria
muito e se me chamassem eu iria amarradão (jogar na primeira rodada). Mas tem
algumas etapas que precisamos respeitar, então não acredito que já esteja em
campo neste domingo, até para não correr o risco de uma lesão ou algo do tipo.
Durante a semana acredito que será feito um grande trabalho para poder jogar
contra o Inter no outro final de semana", afirmou.
Com o clube ainda
respirando a recente eliminação na Libertadores, Emerson não nega a tristeza
com o tropeço alvinegro, mas garante que o objetivo agora é direcionar o foco
para o Brasileirão: "Ali se separa os meninos dos adultos. É uma
competição que tem jogos de caráter importante e diferente do que encontramos
no regional, por exemplo. Acompanhei os jogos e fiquei muito triste com a
eliminação. Mas isso faz parte do futebol e temos que conviver com tudo isso. É
o momento de esquecer e pensar nessa nova competição que se inicia".

CRISE FINANCEIRA
NÃO PREOCUPA O ATACANTE
Sheik não chegou às
escuras no Botafogo. O atacante não nega estar ciente dos recentes problemas
financeiros enfrentados pelo Glorioso, mas garante que o fato não deve
atrapalhar sua rotina na nova casa. Segundo o atleta, o foco principal é poder
ajudar dentro de campo, confiando na diretoria pela solução dos problemas que o
clube vem encarando.
"Podia falar
que fui contratado para jogar futebol e não para cuidar das finanças do clube.
Mas nas conversas que tivemos falamos que nos próximos meses as coisas vão se
regularizar e acredito muito nisso. Não fui contratado para falar disso, e acredito
muito na direção e acho que todos os outros atletas também já entenderam",
disse o atacante, que ainda exaltou o projeto do clube ao iniciar uma
negociação.
"Quando eu
decidi sair do Corinthians apareceram algumas equipes querendo me contratar e
uma delas foi o Botafogo. O projeto e a proposta eram bem tentadoras. Assim
como aconteceu na minha saída do Fluminense, sentei com meus empresários,
sentamos, analisamos e entendemos que a ideia do clube, principalmente para o
segundo semestre, além de tentadora visava títulos. Chego com o mesmo
pensamento que cheguei nos clubes anteriores, querendo conquistar",
contou.

VETERANO, EMERSON
REFORÇA FOCO PROFISSIONAL
Aos 35 anos, Sheik
ainda não pensa em abandonar as chuteiras. Questionado sobre o que ainda o
motiva diante da carreira tão vitoriosa que já possui, o atacante afirma que o
futebol é sim sua maior paixão profissional. Segundo ele, o bem-estar dentro de
campo é um dos maiores motivos de ainda continuar atuando pelos gramados.
"Futebol é o
que eu amo. O que durante toda a minha vida deu sustento à minha família e
pessoas próximas. Então é algo que sempre me motiva muito. É isso que me deixa
feliz e enquanto achar que estou rendendo alguma coisa eu vou continuar. Mas a
partir do momento que eu achar que não dá mais, até por ter uma vida
estabilizada, aí pode ser diferente. Mas enquanto achar que posso contribuir e
ajudar eu vou continuar aqui", disse.
Para encerrar o
primeiro encontro com o Glorioso, Emerson ainda aproveitou para opinar sobre a
recente polêmica envolvendo o tricolor Fred com as torcidas organizadas. Sem se
prolongar, o craque foi claro ao reprovar o tão contestado estilo violento das
organizadas: "Tudo tem um limite, se tiver violência vira caso de polícia.
Aí não aprovo", concluiu.

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