terça-feira, 24 de setembro de 2013

Bota News desta terça (24/09)

Botafogo busca aprendizado nas derrotas

Jefferson diz que virada para o Bahia fará Botafogo corrigir os erros e lutar por títulos

FABIO FALCÃO CAZES
Rio - Jefferson está convicto que há males que vem para o bem. A derrota, de virada, para o Bahia, em pleno Maracanã, seria uma destas pedras que surgem para atrapalhar a caminhada, mas, por outro lado, ajudam a expor erros antes escondidos pela boa campanha do Botafogo no Brasileirão.
Na opinião do goleiro, o time tende a crescer depois do resultado ruim e poderá mostrar isso amanhã, contra o arquirrival, Flamengo, pela primeira partida das quartas de final da Copa do Brasil.
“Com certeza, estamos confiantes no título e essa derrota veio para nos fortalecer mais ainda. Erros que, às vezes, estavam acobertados pelas vitórias, essa derrota veio para mostrar. Reuniões que a gente talvez não fazia mais, precisamos voltar a fazer. Pode ter certeza que vamos entrar com ainda mais confiança contra o Flamengo”, disse o camisa 1.
A fim de corrigir as falhas do time e surpreender o Rubro-Negro, a comissão técnica optou por realizar dois treinos fechados para a imprensa antes do confronto. Na tarde de ontem, os titulares fizeram um trabalho regenerativo.
Na manhã desta terça, Oswaldo de Oliveira definirá quem será o substituto de Elias, lesionado e impossibilitado de jogar por ter atuado pelo Resende na competição, e de Bolívar, suspenso. Hyuri e Alex disputam a vaga no ataque, enquanto André Bahia e Dankler são as opções mais cotadas para assumir o lugar do General na zaga.
O momento para mudar o foco não poderia ser melhor. As duas derrotas consecutivas no Brasileirão fizeram a vantagem do Cruzeiro subir de quatro para oito pontos. 
Uma vitória sobre o Flamengo e o encaminhamento da classificação para a semifinal da Copa do Brasil podem renovar as baterias do Botafogo e ajudar na retomada de rumo também no campeonato por pontos corridos.
“Nós não temos que entrar contra o Flamengo querendo provar algo ou dar uma volta por cima. É outro momento, outra competição, um clássico. É hora de virar a página para fazermos uma grande partida” afirmou Jefferson.
Queda de Seedorf é minimizada
Sem o brilho da primeira parte do Brasileiro, Seedorf se tornou coadjuvante do Botafogo nas últimas rodadas. A queda de rendimento do craque, no entanto, não preocupa os companheiros, que preferem tê-lo em campo mesmo sem manter a regularidade de antes.
“Ele jogando 50% do que sabe, às vezes, vale mais do que 100% de outros jogadores. Ele faz a diferença mesmo não estando em boa fase. Poucos sabem, mas ele vinha jogando no sacrifício, com um incômodo no joelho. Sempre jogando para ajudar a equipe. Ele já se tratou e melhorou, então, tenho certeza que, daqui para frente, ele vai voltar ao ritmo que sempre teve”, disse Jefferson, confiante.
Na derrota para o Bahia, o camisa 10 foi substituído por Hyuri no intervalo. Depois do jogo, Oswaldo de Oliveira explicou que quis preservá-lo com a mudança.



Botafogo rompe com agência Traffic pela saída de Vitinho

Dirigente do clube critica duramente a atitude da agência durante negociação do jogador e avisa que rompeu vínculos com a empresa

O DIA
Rio - A venda de Vitinho para o CSKA Moskou causou o rompimento do Botafogo com a Traffic, agência que cuidava do jogador. O presidente do clube, Mauricio Assumpção, criticou duramente a empresa pela postura à época da transferência do meia.
"A empresa que agencia a carreira do menino foi covarde na atitude que teve. Eles tiraram o garoto sem autorização do Botafogo. Essa empresa não trabalha mais no Botafogo. Os jogadores já foram notificados disso. Enquanto eu for presidente do clube, essa empresa não trabalha mais no Botafogo", afirmou categóricamente em entrevista à 'Rádio Bradesco'.
Quando a Vitinho, o presidente do Bota foi só elogios e afirmou que tem muito carinho pelo jovem "O Vitor sabe do carinho que tenho por ele. Não tenho nada contra o Vitor", concluiu ele.


Botafogo não vai poupar jogadores para o confronto contra o Flamengo

Oswaldo de Oliveira garante foco total nas duas competições

O DIA
Rio - O Botafogo decidiu não priorizar o Campeonato Brasileiro e vai com força máxima para o duelo contra o Flamengo, pela partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil, na próxima quarta-feira, às 21h50, no Maracanã. O técnico Oswaldo de Oliveira garantiu foco total nas duas competições.
"São duas competições com muito para acontecer ainda. Vamos buscar as duas. Mas neste momento o interesse no Brasileiro e na Copa do Brasil é o mesmo. Só mesmo se alguém não tiver condições de jogo. Do contrário a equipe permanece", afirmou
Apesar do desejo de conquistar os dois títulos, o comandante alvinegro reconheceu que dependendo do desempenho da equipe a decisão de não poupar jogadores pode mudar.
"Se chegar algum momento em que uma ou outra se torne mais decisiva podemos analisar o caso", ponderou.
O elenco do Glorioso se reapresenta nesta segunda-feira, no Engenhão, às 15h, para dar início a preparação para o confronto com o Flamengo. Elias não poderá atuar, pois já jogou pelo Resende na competição. Oswaldo falou sobre a expectativa para o clássico.
"O clima vai ser como a gente já sabe que é. Não espero nada diferente disso. É de alta competição, muita rivalidade... Já estamos nos preparando para esse encontro há bastante tempo", afirmou.


Oswaldo entende as vaias de alguns torcedores após a derrota para o Bahia

Treinador se mostrou tranquilo com a situação

O DIA
Rio - Alguns torcedores do Botafogo perderam a paciência e vaiaram a equipe depois da derrota para o Bahia, por 2 a 1, no Maracanã. O técnico Oswaldo de Oliveira se mostrou compreensivo com a atitude, já que o Alvinegro sofreu o segundo revés seguido no Campeonato Brasileiro.
"É natural que a torcida se mostre triste e contrariada. Claro que alguns se manifestariam contrariamente. Mas a trajetória do Botafogo até agora tem mostrado confiança e eles sabem disso. Nós temos de nos reencontrar com a vitória porque aí a torcida vai se tornar unânime novamente", disse.
Com 42 pontos, o Alvinegro viu o Cruzeiro, líder da competição, abrir oito pontos de vantagem. No entanto, no momento o Glorioso foca no confronto diante do Flamengo, pela partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil.


'O meu coração alvinegro': A paixão de Stepan Nercessian pelo Botafogo

Como bom torcedor do Glorioso, ator revela que tem superstições até com seus personagens em novelas

ULISSES VALENTIM
Brasília - Um apaixonado pelo Botafogo e pela profissão de ator, assim que pode ser definido Stepan Nercessian. Na abertura da série "O meu coração alvinegro", o ator e deputado federal (PPS-RJ) fala como seu amor pelo clube começou, suas superstições até na hora de gravar e se mostra confiante no título brasileiro.
Com 35 filmes e 43 novelas no currículo, o ator é um dos símbolos dos torcedores botafoguenses. Sempre presente nos jogos do Glorioso, Stepan revelou uma superstição em seus personagens: sempre atuou interpretando um botafoguense e, na primeira vez que não o fez, era um torcedor de um rival que falava mal do seu próprio time.
Confira abaixo a entrevista com o ator
Qual foi sua principal influência para ser botafoguense?
Stepan : "Na verdade foi o próprio Botafogo quem me fez virar torcedor do clube. Porque eu morava em Goiás na minha infância, era um apaixonado pela seleção brasileira e colecionava álbuns de figurinhas. O primeiro que eu colecionei foi o da Copa de 58 e eu fui confundindo o Glorioso com a seleção brasileira, pois era tanto jogador na Seleção que eu achei que era uma coisa só, criou uma mística com o time, até os narradores de rádio da época falavam que "Botafogo era a Seleção".
Quando ganhou sua primeira camisa do Fogão?
Faz bastante tempo, mas eu comprei a minha primeira camisa do Botafogo quando eu já tinha me mudado para o Rio de Janeiro para tentar uma vida melhor. Depois disso eu sempre fiz questão de comprar uma camisa do Botafogo, até mesmo nas piores fases do clube, como quando o clube ficou 21 anos sem conquistar nenhum título ou quando ele foi rebaixado para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro.
Qual foi o primeiro jogo do Botafgo que você acompanhou do estádio?
Meu primeiro jogo que eu fui foi justamente aquele Fluminense e Botafogo de 1971, do gol do Lula, em que o Marco Antônio empurrou o Ubijara (goleiro do Alvinegro na época) e o juiz não marcou absolutamente nada. Foi díficil. Saí do estádio triste.
Jogo inesquecível do Botafogo?
Acho que para todo botafoguense, jovem há mais tempo (risos), o jogo inesquecível é aquele Botafogo e Flamengo de 1989, da final do Campeonato Carioca daquele ano, e foi aquele que saímos da fase sem títulos. Outro foi quando eu fui para São Paulo ver o Botafogo campeão brasileiro, em 1995.
Como foi essa fase de 21 anos sem títulos para você?
Esse tempo foi muito marcante para mim, porque quando mais o tempo passava, mais minha paixão pelo Botafogo aumentava, eu sentia que a torcida ficava mais fiel. Às vezes quando não tínhamos chance nenhuma de título a torcida comparecia do mesmo jeito. A única briga que tinha era quando o torcedor do Botafogo queria vaiar o próprio time. Naquele ano eu assisti do primeiro até a última partida do Campeonato Carioca. Eu me lembro que cheguei até a assistir jogo na Rua Bariri (em Olaria) com recorde de público daquele estádio.
Ídolo da infância do Botafogo? E qual seu ídolo atual?
Eu era um alucinado pelo Amarildo, porque ele foi o botafoguense a substituir o Pelé e fez um monte de gols pela Seleção. E o Waldir Amaral falava bem do jogador e virou um grande ídolo meu. Eu tive ídolos no Botafogo em todas as suas fases, eu lembro do Mendonça, do Alemão, do Paulo Sérgio, o nosso goleiro. Cada um teve um tempo em um momento marcante, sem falar Paulo César e Jairzinho, o Gonçalves, que também são craques.
Tem vontade de ser presidente do clube?
Sempre me falavam disso, sempre comentavam, quando se pensava nisso era mais no sentido de não deixar morrer, alguém que tinha que salvar o Botafogo na sua pior fase, quando o time caiu para a Segunda Divisão. Mas eu tinha certeza de que se eu fosse pra lá eu iria perder meu direito de sofrer e ser babaca de ser torcedor, melhor sendo assim, sem nenhum cargo no clube que eu fico mais feliz! (risos)
Já atuou alguma vez com um personagem botafoguense?
Durante muitos anos na minha carreira eu so aceitei personagens que fossem botafoguense, mesmo que ele não fosse declaradamente botafoguense eu sempre colocava adesivo ou camisa no local de gravação e só recentemente eu aceitei um flamenguista. Só aceitei porque ele mais criticava do que elogiava o Rubro-Negro.
Como está sendo ver o Seedorf com a camisa do Fogão?
Eu gosto demais dele no meu time, se hoje ele parasse de jogar com a camisa do Botafogo seria inesquecível para nós! O que ele fez pelo Botafogo ninguém poderia fazer pelo clube, ele trouxe uma dimensão para o Botafogo que ele nunca deveria ter deixado de ter, hoje o Botafogo joga confiante. Hoje eu estou com pena dele, porque os adversários estão marcando sem cerimônia. A presença dele é fundamental, ele tem o toque dos gênios, que em um segundo ele pode decidir uma partida.
Acredita no título Brasileiro e/ou da Copa do Brasil?
No Brasileirão confiança total, nessa competição se ganha quando o time está bem o tempo todo. O time nunca enfrentou tanta adversidade como está passando agora neste ano de 2013. Tinha tudo para dar errado, era só notícia ruim, tudo não dava certo, perdemos titulares que eram absolutos, e quem está entrando está dando conta do recado, por isso eu acredito muito no Fogão esse ano!






Jogadores reconhecem má fase de Seedorf e Jefferson revela que meia atuou com dores no joelho (EXTRA)

Seedorf não marca desde o dia 15 de agosto
Seedorf não marca desde o dia 15 de agosto Foto: Gustavo Miranda

Rafael Oliveira
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A sequência de jogos em que Seedorf vem atuando abaixo da média fez os colegas de time admitirem que a fase do holandês não é boa. Líder do Botafogo em boa parte da temporada, agora é o camisa 10 que precisa do apoio e da compreensão dos demais jogadores.
Para Jefferson, que já discutiu com Seedorf durante uma partida, o momento não é de críticas. O goleiro revelou, inclusive, que o holandês jogou algumas partidas no sacrifício, por conta de dores no joelho.
— Ele é um cara que faz a diferença mesmo não estando em boa fase. É um jogador que, poucos sabem, mas vinha jogando no sacrifício, com um incômodo no joelho. Mas ele já se tratou, melhorou e com certeza vai voltar a jogar no ritmo com o qual o torcedor já se acostumou — defendeu o camisa 1.
No domingo, Seedorf mais uma vez não jogou bem e foi sacado no intervalo para a entrada de Hyuri. A mudança acabou fazendo a equipe jogar melhor, num sinal de que já não há mais a dependência do holandês.
Na semana passada, contra o Cruzeiro, Seedorf já havia decepcionado os fãs ao chutar para fora o pênalti que poderia ter mudado os rumos da partida. A seca de gols é longa: dura mais de um mês. A última vez que o meia marcou foi em 15 de agosto, no empate contra o Internacional por 3 a 3.
— É normal todo jogador ter uma caída. Nos últimos dois jogos ele não foi bem. O grupo inteiro não foi bem. Mas ele é jogador que faz a diferença e acredito que ele vai dar a volta por cima — admitiu, ontem, o lateral-direito Edílson.
Amanhã, contra o Flamengo, Seedorf terá mais uma oportunidade de dar esta volta por cima. O técnico Oswaldo de Oliveira não quer dar pistas sobre o time. Fechou o treino de ontem e irá fechar hoje também. Ao comentar sobre a estratégia, Edílson afirmou que, entre outras finalidades, o treinador quer afinar as jogadas de bola parada, justamente uma das especialidades do camisa 10 alvinegro.
— Acho que (fechar o treino) é válido. Espero que vocês entendam.


Oswaldo de Oliveira exige respeito ao Flamengo: ‘Ganhando ou não, eles têm que ser levados a sério’

Técnico Oswaldo de Oliveira exige respeito ao Flamengo, apesar do momento ruim do Rubro-negro
Técnico Oswaldo de Oliveira exige respeito ao Flamengo, apesar do momento ruim do Rubro-negro Foto: Marcos Tristão / O Globo
Leonardo André
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Ao falar sobre sua trajetória profissional durante o terceiro encontro “Futebol, o novo não é aposta”, realizado nesta segunda-feira em um hotel da Zona Sul, Oswaldo de Oliveira usou uma frase que resume bem o que tentará passar aos seus jogadores para a partida desta quarta-feira, contra o Flamengo, pela Copa do Brasil. Ao dizer que “apenas os fortes permanecem”, o treinador deixou claro que não há tempo para o Alvinegro lamentar as duas derrotas seguidas no Campeonato Brasileiro.
Mais do que a recuperação emocional dos jogadores, Oswaldo não quer se iludir. A péssima fase do Flamengo, para ele, deve ser esquecida em General Severiano.
— Em um clássico como esse, a fase do adversário é o que menos importa. É uma competição diferente, uma outra história. Ganhando ou perdendo, o Flamengo tem que ser levado a sério — alertou o técnico alvinegro.
Na luta para recuperar um grupo abalado emocionalmente, Oswaldo tem o passado como aliado. Para ele, o fato de o Botafogo ter brigado pelas primeiras posições no último Brasileiro e não ter conseguido a classificação para a Libertadores pode fazer com que a superação agora seja diferente.
— Nós vivemos essa experiência no ano passado, o que me dá elementos para mudar a situação agora. Cada jogador sente de uma forma, mas o que temos feito em termos coletivos tem dado resultados muito bons. É nisso que estou apostando para que a gente consiga essa ressurreição até o jogo contra o Flamengo — explicou.
Os jogadores do Botafogo parecem já ter entendido o recado do treinador. Além de alertar para a diferença das competições, o goleiro Jefferson destacou a dificuldade que sempre é enfrentar um tradicional rival.
— Já vi jogos em que o time que estava pior na tabela venceu. Por isso, vamos ter respeito pelo Flamengo e pelo time. Sabemos de sua força e história — destacou.

Oswaldo de Oliveira, técnico do Botafogo, exalta o líder: ‘Cruzeiro é o melhor time do Brasileiro’


Oswaldo de Oliveira garante que Seedorf voltará a fazer gols em breve
Oswaldo de Oliveira garante que Seedorf voltará a fazer gols em breve Foto: Fabio Teixeira

Marluci Martins
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O técnico Oswaldo de Oliveira busca um final feliz para o Botafogo, único mocinho entre os clubes do Rio no Campeonato Brasileiro. O árduo trabalho não impede o treinador de curtir uma outra paixão: acompanha a novela Dona Xepa, da Record, que tem no elenco sua mulher, a atriz Jeniffer Setti. Noveleiro assumido, Oswaldo vive entre a ficção e a realidade. E não pode reclamar de uma ou de outra. O capítulo deste domingo será contra o Bahia, às 16 horas, no Maracanã.
Qual é o melhor time do Brasileirão?
O Cruzeiro é o melhor time.
Chegou a essa conclusão após a derrota (3 a 0) para eles?
Não, não foi só isso. Eles aproveitaram melhor as chances. E, claro, têm jogadores muito fortes: Fábio... Ele e o Jefferson são os melhores goleiros do Brasil no momento. Dedé talvez seja o melhor zagueiro do País... No meio do jogo, entram o Júlio Baptista e o Dagoberto, dois jogadores que o Botafogo tentou contratar e não conseguiu. O elenco do Botafogo é forte, mas ainda a se confirmar.
Acha que a tabela retrata a realidade? O Botafogo é realmente o segundo melhor time?
Até esse momento, acho que é.
Seedorf não briga muito com os mais jovens?
Como Seedorf pega firme com eles, às vezes acontecem algumas diferenças, mas sempre chegam a um ponto de entendimento. No ano passado, conversei com ele: ‘Rapaz, você está no Brasil. Aqui é diferente’. Ele tem convicções às vezes muito inflexíveis, sim. Foram sedimentadas com o tempo e viraram verdades. Mas já consegue ser mais maleável e refazer seu ponto de vista.
Em que, por exemplo, ele é inflexível?
Não gosta do calendário...
Seedorf está há oito jogos sem fazer gol. Está cansado?
Lembro que, no Corinthians, Luizão ficou quatro jogos sem marcar. Aí, num só jogo ele fez quatro, um para cada partida. Não espero que o Seedorf faça oito gols num jogo, mas vejo essa situação com naturalidade. Acredito na recuperação. Assim como eu dizia que Rafael Marques era bom jogador, afirmo que Seedorf vai voltar a jogar bem e fazer gols.
Contra o Cruzeiro, era para ele ter batido o pênalti que acabou perdendo?
Era. Ele é o cara.
O que dizia para o Rafael Marques, quando ele não correspondia, mas tinha o seu apoio?
Dizia: “Não vou prejudicar o time. Se você não render, não poderei insistir”. Seedorf é o craque, mas Rafael Marques é o melhor do Botafogo no Brasileiro. É o cara que jogou todas as partidas.
Quem é o melhor jogador do Campeonato?
Fiquei impressionado com esse Éverton Ribeiro, do Cruzeiro. E tenho gostado do Marcelo, do Atlético-PR.
O Atlético-PR é uma surpresa?
A decisão de não jogar o Estadual com o time titular o beneficiou.
É um caso a ser pensado para o ano que vem?
É... Se o Carioca do ano que vem começar em janeiro, não haverá possibilidade de os titulares iniciarem a competição.
Seu contrato com o Botafogo termina no fim do ano. Vai renovar?
Não sei. Espero que sim. Gosto daqui.
De todas as dificuldades que o Botafogo enfrentou com você, qual o maior trauma?
A perda de jogadores como Jadson, Andrezinho, Fellype Gabriel... E ainda acho que a perda do Engenhão foi pior, sabe? Jogávamos às 22 horas, em Volta Redonda, e chegávamos em casa de manhã, às 5 horas.
Você acha que, sob o seu comando, o Botafogo resgatou o orgulho? Acabou o chororô?
Isso é coisa do passado, que não conheci. Não gosto de falar sobre isso porque mexeria com um momento do qual não participei.
Em que momento acha que conquistou a torcida, depois de ter sido tão questionado?
Essa rejeição a técnico não acontece só aqui. E só se reverte com título. Vejo mérito na direção, por ter mantido o trabalho. A resposta foi positiva: o título carioca, a revelação de jogadores e a boa posição no Brasileiro.
Será bom enfrentar o Flamengo sem Mano Menezes, na quarta-feira, pela Copa do Brasil?
Não sei como vão reagir. Para mim, parece sempre que a saída do treinador causa algum dano à equipe. Mas a gente já viu que pode ser também um elemento de motivação.
Assiste à novela Dona Xepa?
Sempre que posso, vejo. E gosto. Mas às vezes o Botafogo joga na hora da novela. Temos jogo às quartas, às 22h. Gravo para ver depois.
Seu trabalho no Japão atrapalhou a carreira da sua mulher, Jeniffer?
Ah, com certeza. E meu filho (Guilherme) faz 7 anos em novembro. Foi um dos motivos também que me fez voltar. Lá não tinha escolas americanas ou inglesas.
Você é mais noveleiro ou a Jeniffer é mais futebolista?
Sou muito mais noveleiro. Acompanhei todas as novelas lá no Japão. Eu ia pra casa correndo...
Se incomoda em falar sobre isso?
Não.
Você dá palpite no trabalho da Jennifer?
Não. Só dou força. Não ouso dar palpite.
E numa cena ousada, sente ciúme?
Aí, eu vejo com pragmatismo, com muita tranquilidade.
E como reagiu à interferência dela, que usou o Twitter para fazer críticas ao clube, numa exaltação ao seu trabalho?
Sobre isso eu não falo mais porque, se a gente mexer, gera especulação.
Já acompanhou alguma gravação dela?
Várias vezes. Ela grava lá pertinho, do lado. A Record fica a cinco minutos da nossa casa.
No passado, você foi do ramo, né? Era modelo...
Um pouquinho, mas fui.
Não pensa em voltar à vida artística (risos)?
Já posso escrever uma novela com assuntos futebolísticos (risos). Olha, o futebol não me dá tempo. Às vezes, passa pela minha cabeça escrever um livro sobre futebol, pela vivência que tenho. Vivi as mudanças de 75 para cá. Mas não tenho tempo. Pode ser que um dia, se eu me aposentar... Mas não vou me aposentar. Vou trabalhar até cair.



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