domingo, 26 de abril de 2015

Preparativos Para a Final de Hoje

25/04/2015 23:47:42
No dia do goleiro, Martín Silva e Renan buscam inspiração em ídolos históricos
Carlos Germano, que brilhou no Vasco, e Wagner, campeão pelo Botafogo, apostam na vitória de seus ex-clubes
DIEGO LOPES E RICARDO NAPOLITANO
Rio - Eles são os primeiros a chegar e os últimos a sair nos treinos, usam uniformes diferentes, viram santo em grandes momentos e basta uma falha para irem do céu ao inferno. Hoje é dia da primeira decisão do Carioca entre Vasco e Botafogo, às 16h, no Maracanã. Mas também é o Dia do Goleiro. Para comemorar a data, os ex-arqueiros Carlos Germano e Wagner, que escreveram seus nomes na história dos clubes, avaliam o confronto e depositam suas fichas nos atuais donos da posição.
Se Vasco e Botafogo chegaram à final do Estadual, muito se deve às atuações de gala de Martín Silva e Renan contra Flamengo e Fluminense, respectivamente. O uruguaio operou um milagre para defender um chute à queima-roupa de Alecsandro. 
"Aquela defesa valeu a classificação do Vasco”, comentou Carlos Germano, que foi o preparador de goleiros de Martín Silva no ano passado, e no currículo soma quatro títulos estaduais, um Brasileiro, uma Libertadores e um Rio-São Paulo apenas pelo Gigante.
“A frieza de Martín é algo que não se vê muito hoje em dia. É um jogador muito bem resolvido e foi um prazer trabalhar com ele”, elogiou.
Wagner, campeão brasileiro, da Conmebol, do Troféu Teresa Herrera, do Rio-São Paulo e do Carioca de 1997 sobre o Vasco, na última final entre os clubes e que ficou marcada pela ‘Dança da Bundinha’ de Edmundo, também conhece Renan como poucos. Quando trabalhou no Glorioso, entre 2009 e 2010, ele seguiu o início da carreira do goleiro.
Para Wagner, nem o fato de o jovem ser reserva de Jefferson, arqueiro da Seleção, o atrapalha. “Não vejo lado negativo no Renan. Posso dizer que o ponto forte dele é a saída de gol. Tem uma ótima técnica, é tranquilo e tem a confiança do elenco”, descreveu Wagner, lembrando a disputa nos pênaltis contra o Fluminense — Renan defendeu duas cobranças e classificou o Botafogo para a final ao acertar o seu chute: “Esse jogo mostrou que ele é um dos principais destaques do Botafogo.”
Experientes no assunto, ambos concordam que Vasco e Botafogo, no Dia do Goleiro, terão ótimos representantes em suas metas. “Fico feliz pelo Vasco ter o Martín como goleiro”, admitiu Germano. “Renan trabalhou muito por essa chance e a está aproveitando”, completou Wagner.
WAGNER LEVOU A MELHOR NA FINAL DE 97
O passado bate à porta. A final do Carioca de 1997 é a primeira lembrança que vem à mente de Germano e Wagner ao falarem sobre um jogo decisivo entre Vasco e Botafogo que disputaram. Se Germano não tem boas recordações, Wagner lembra com carinho sua única conquista no Campeonato Estadual.
“Aquela competição foi marcada pelas polêmicas extracampo, por pressão política e disputa nos bastidores. Lembro da dança do Edmundo — na primeira final vencida pelo Vasco —, que nós usamos para nos motivar. Deu certo”, comentou Wagner.
Ele fala do lance em detalhes: “Estava no gol à direita das cabines de rádio e o vi chegando na ponta. Fiquei perplexo e não acreditei. Na hora ficamos chateados, mas está superado.”
O título de 1997 não veio, mas Germano prefere ressaltar os dez anos como titular no Vasco. “Se hoje o clube luta para acabar com um jejum, eu disputei títulos em praticamente todos os anos. E venci mais do que perdi.” Ele resumiu o sentimento de quem escolhe a camisa 1. “É vocação, vem no sangue.”


25/04/2015 23:40:30
Pimpão em busca de seu maior sonho
Atacante aposta no Botafogo para alcançar o sucesso
HUGO PERRUSO
Rio - Mesmo com propostas melhores, Rodrigo Pimpão aceitou o Botafogo. Foi convencido pelo gerente de futebol Antônio Lopes e pelo técnico René Simões. Acreditou no projeto e viu como a chance de buscar a meta pessoal de fazer sucesso em um grande clube brasileiro após passagem discreta pelo Vasco. O primeiro passo começa hoje, na busca pelo título estadual.
Sem nunca ter jogado na Série A — ajudou o Vasco a subir em 2009, mas deixou o clube em 2010 sem disputar o Brasileiro —, Pimpão passou por Paraná, Ponte Preta, América-MG e América-RN , além de clubes de Japão, Coreia do Sul e Irã. Com propostas de equipes da Primeira Divisão depois da boa temporada em 2014, a chance poderia ser neste ano, mas o atacante adiou um pouco o sonho.
“Disputar a Série A é um desejo, mas quero ter sequência em um grande clube e espero que seja pelo Botafogo para me destacar, conquistar títulos e ficar marcado como vários grandes nomes”, afirmou Pimpão, que voltará a ser titular ao lado de Bill.
O reencontro de hoje com o Vasco não é novidade, ao contrário da experiência que pode viver com o Botafogo. Assim como no ex-clube, Pimpão chega a General Severiano num momento de reconstrução da equipe após o rebaixamento à Segundona, com a missão de levar o Glorioso de volta ao seu lugar. Experiente no assunto, o atacante vê semelhanças com a sua passagem em São Januário e também uma diferença essencial: a de brigar pelo título.
“São momentos muito parecidos, dois times em reformulação, com treinador chegando. Quando o grupo está fechado, querendo, começa a pensar grande. Os dois foram assim, só que lá não chegamos à final do Carioca e agora já estamos nela , o que mostra que estamos num momento positivo”, comparou.
BATE-BOLA COM PIMPÃO
1. O que mudou do Pimpão do Vasco, em 2009, para o do Botafogo? 
Quando cheguei ao Vasco, tinha 21 anos e só um ano de base. Hoje são três passagens fora do país e por quatro clubes do Brasil. Adquiri experiência para não cometer os erros (técnicos) de antes. Aprendi muito com a minha experiência internacional.

2. Como será reencontrar o clube que o fez ficar conhecido no futebol? 
Eu já encarei o Vasco duas vezes, e saí vitorioso (por Paraná e América-RN). Se eu fizer gol, eu vou comemorar, pois hoje eu defendo o Botafogo e tenho um carinho muito grande por todos.
3. Em 2015, você começou como titular, mas uma lesão muscular o tirou do time. Como encara a nova chance?

Tive problemas com lesões e espero que não aconteça mais. Contra o Fluminense, não fiz uma partida perfeita, mas serve como exemplo para melhorar. Tenho que agarrar a chance.

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