sábado, 11 de abril de 2015

Pré Jogo

10/04/2015 23:26:30
Clássico mais antigo do futebol carioca terá jovens como protagonistas
Tradicional Clássico Vovô, Fluminense e Botafogo fazem neste sábado a primeira semifinal do Carioca no ritmo de atletas revelados na base
HUGO PERRUSO , MARCELO BERTOLDO E RAFAEL PAIVA
Rio - O Clássico Vovô rejuvenesceu em campo. Com problemas financeiros e sem condições de fazer contratações de impacto para a temporada, Fluminense e Botafogo resolveram apostar nas divisões de base para compor seus elencos e têm colhido frutos desse trabalho, que volta a ser aposta no primeiro jogo da semifinal do Carioca neste sábado, às 18h30, no Maracanã.
Pelo lado tricolor, o trio Marlon, Gerson e Kenedy, este suspenso hoje, são as joias da vez. No banco, ficará Robert, outra aposta. Mal tiveram tempo de ser lapidados e já se tornaram titulares absolutos e solução para os problemas. A necessidade do Fluminense impõe essa pressão a jovens, que não se abalam.
“A gente se sente importante para o clube. Isso nos deixa muito motivados quando entramos em campo. Fica mais fácil de jogar. Não sentimos a pressão”, garantiu Marlon.
Drubscky mantém mistério
Em segredo, o técnico Ricardo Drubscky definiu a equipe para o clássico com o Botafogo. Ao adotar o mistério como estratégia, ele não adiantou os substitutos de Wellington Silva e Kenedy, que estão suspensos.
Na direita, a escalação de Renato é o mais provável. Titular no início do Campeonato Carioca, ele jogou pela última vez na segunda rodada, quando sofreu uma lesão muscular e perdeu a vaga para Wellington Silva.
Sem outro jogador com a característica de força e velocidade de Kenedy, Marlone e Lucas Gomes são as apostas para atuar ao lado de Fred no ataque. “Os dois têm possibilidades de jogar. Por questão de respeito à importância do jogo, vou segurar essa escalação ”, afirmou Drubscky.
Trabalho bem feito
No Botafogo, não é diferente. Gilberto tem sido o principal representante da base e não está sozinho. Renan, Sassá, Gegê e Fernandes, também são aproveitados com frequência pelo técnico René Simões, que se viu obrigado a apostar nos garotos, e não tem do que reclamar.
“Nos últimos anos, a base do Botafogo vem bem forte. Os campeonatos disputadores fora do país nos deram muita experiência. Ganhamos oportunidade de jogar no time principal e isso é fundamental para o clube, que pode fazer um caixa a mais com os jovens que são revelados”, analisou Sassá.
Essa é a mentalidade do Fluminense, que estima arrecadar mais de R$ 100 milhões com a venda da nova geração. Apesar disso, não pretende se desfazer de todos neste ano até porque já fazem parte da espinha dorsal do time. A preocupação em trabalhar com a garotada é tão grande que interfere na decisão da diretoria.
Técnico de perfil adequado
Além do custo-benefício, a larga experiência de Ricardo Drubscky com as categorias de base pesou na indicação de Fernando Simone, diretor-executivo do Tricolor, na escolha do novo técnico.
“Gosto de lidar com jovens, de pesquisar e trabalhar no desenvolvimento de talentos. Espero que dessa limonada saia um caldinho bom”, disse Drubscky, campeão em 1996 da Copa São Paulo de Futebol Júnior pelo América-MG.
Gilberto é um dos garotos com mais experiência nos profissionais do Alvinegro. Começou a ganhar oportunidades em 2013, foi emprestado ao Internacional em 2014 e está de volta ao Botafogo este ano. Um dos destaques do campeão da Taça Guanabara, o lateral vê as revelações do clube como uma parte importante do elenco, principalmente em jogos decisivos como o de hoje.

“Temos uma identificação com o clube diferente dos outros jogadores. A gente tem uma vontade de retribuir pela chance na base, e essa retribuição é com títulos. Também é bom porque aprendemos a rivalidade desde cedo e sabemos a importância de um clássico”, destacou Gilberto.

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