10/04/2015 23:26:30
Clássico mais antigo do futebol carioca terá jovens
como protagonistas
Tradicional Clássico Vovô, Fluminense e Botafogo fazem neste sábado a
primeira semifinal do Carioca no ritmo de atletas revelados na base
HUGO PERRUSO , MARCELO BERTOLDO E RAFAEL PAIVA
Rio - O Clássico Vovô rejuvenesceu em campo. Com
problemas financeiros e sem condições de fazer contratações de impacto para a
temporada, Fluminense e Botafogo resolveram apostar nas divisões de base para
compor seus elencos e têm colhido frutos desse trabalho, que volta a ser aposta
no primeiro jogo da semifinal do Carioca neste sábado, às 18h30, no Maracanã.
Pelo lado tricolor, o trio Marlon, Gerson e Kenedy,
este suspenso hoje, são as joias da vez. No banco, ficará Robert, outra aposta.
Mal tiveram tempo de ser lapidados e já se tornaram titulares absolutos e
solução para os problemas. A necessidade do Fluminense impõe essa pressão a
jovens, que não se abalam.
“A gente se sente importante para o clube. Isso nos deixa muito motivados quando entramos em campo. Fica mais fácil de jogar. Não sentimos a pressão”, garantiu Marlon.
“A gente se sente importante para o clube. Isso nos deixa muito motivados quando entramos em campo. Fica mais fácil de jogar. Não sentimos a pressão”, garantiu Marlon.
Drubscky mantém mistério
Em segredo, o técnico Ricardo Drubscky definiu a
equipe para o clássico com o Botafogo. Ao adotar o mistério como estratégia,
ele não adiantou os substitutos de Wellington Silva e Kenedy, que estão
suspensos.
Na direita, a escalação de Renato é o mais
provável. Titular no início do Campeonato Carioca, ele jogou pela última vez na
segunda rodada, quando sofreu uma lesão muscular e perdeu a vaga para
Wellington Silva.
Sem outro jogador com a característica de força e
velocidade de Kenedy, Marlone e Lucas Gomes são as apostas para atuar ao lado
de Fred no ataque. “Os dois têm possibilidades de jogar. Por questão de
respeito à importância do jogo, vou segurar essa escalação ”, afirmou Drubscky.
Trabalho bem feito
No Botafogo, não é diferente. Gilberto tem sido o
principal representante da base e não está sozinho. Renan, Sassá, Gegê e
Fernandes, também são aproveitados com frequência pelo técnico René Simões, que
se viu obrigado a apostar nos garotos, e não tem do que reclamar.
“Nos últimos anos, a base do Botafogo vem bem
forte. Os campeonatos disputadores fora do país nos deram muita experiência.
Ganhamos oportunidade de jogar no time principal e isso é fundamental para o
clube, que pode fazer um caixa a mais com os jovens que são revelados”,
analisou Sassá.
Essa é a mentalidade do Fluminense, que estima
arrecadar mais de R$ 100 milhões com a venda da nova geração. Apesar disso, não
pretende se desfazer de todos neste ano até porque já fazem parte da espinha
dorsal do time. A preocupação em trabalhar com a garotada é tão grande que
interfere na decisão da diretoria.
Técnico de perfil adequado
Além do custo-benefício, a larga experiência de
Ricardo Drubscky com as categorias de base pesou na indicação de Fernando Simone,
diretor-executivo do Tricolor, na escolha do novo técnico.
“Gosto de lidar com jovens, de pesquisar e
trabalhar no desenvolvimento de talentos. Espero que dessa limonada saia um
caldinho bom”, disse Drubscky, campeão em 1996 da Copa São Paulo de Futebol
Júnior pelo América-MG.
Gilberto é um dos garotos com mais experiência nos
profissionais do Alvinegro. Começou a ganhar oportunidades em 2013, foi
emprestado ao Internacional em 2014 e está de volta ao Botafogo este ano. Um
dos destaques do campeão da Taça Guanabara, o lateral vê as revelações do clube
como uma parte importante do elenco, principalmente em jogos decisivos como o
de hoje.
“Temos uma identificação com o clube diferente dos
outros jogadores. A gente tem uma vontade de retribuir pela chance na base, e
essa retribuição é com títulos. Também é bom porque aprendemos a rivalidade
desde cedo e sabemos a importância de um clássico”, destacou Gilberto.

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