segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Bota News de Segunda (18/11)

Botafogo tem trunfo bem-vindo

Oswaldo quer contar com Bruno Mendes para ajudar o time, que caiu para o 5º lugar

FABIO FALCÃO CAZES
Rio - Perto do fim da primavera, Bruno Mendes voltou a florescer. Oswaldo de Oliveira esperava, ansioso, pelo retorno do brilho do garoto que se destacou no fim do Brasileiro do ano passado. Na busca pelo retorno ao G4, com as vitórias de Grêmio e Goiás, neste domingo, o Alvinegro caiu para a 5ª colocação, o treinador ganhou mais uma opção para o ataque.
“Ele merecia isso. Esse menino veio no ano passado e se destacou com muitos gols. Atraiu olhares ambiciosos e isso atrapalhou muito seu desenvolvimento. No Brasil, isso ocorre com frequência. Tem uma ascensão mercurial e uma queda tanto quanto, por esse assédio desmedido. Essa coisa incontrolável que não conseguimos conter”, comentou Oswaldo após a goleada de 4 a 0 sobre o Atlético-PR, com dois gols do atacante.

Bruno Mendes passou por um período sabático desde que passou por um imbróglio judicial envolvendo o Guarani, seu ex-clube e seu empresário, no fim do ano passado. Ele não pôde participar das rodadas finais do Brasileiro por conta da situação e, no começo de 2013, não conseguiu manter o desempenho que o tornou xodó da torcida.
No início da temporada, Coalhada participou da vexaminosa campanha da Seleção Sub-20 no Sul-Americano. Ele se apresentou como uma das estrelas da equipe, mas durante os treinamentos na Granja Comary perdeu a vaga no time titular.
No Botafogo, Bruno Mendes também foi para a reserva, perdendo espaço para Rafael Marques. Agora, depois do reencontro com o gol, ele espera ser importante para a equipe na reta final, como retribuição ao apoio que sempre recebeu no clube.
“É muito trabalho e esforço, o grupo todo me ajudando e pude voltar a fazer gols para ajudar a equipe. O ambiente é muito bom desde o começo do ano. O grupo é excelente, unido e fechado. É o que estamos mostrando para poder buscar a vaga na Libertadores”, disse o atacante após os dois gols sobre o Furacão. Nesta terça, Bruno Mendes se reapresenta com o restante do grupo no Engenhão.


De pagar atleta a tentar bater em crítico: O amor de Agnaldo Timóteo pelo Fogão

Cantor revela que ajudou o clube a comprar Marinho Chagas, raiva contra comentaristas e exalta paixão pela Estrela Solitária

ULISSES VALENTIM
Rio - O amor de Agnaldo Timóteo pelo Botafogo já fez o cantor colocar dinheiro nas categorias de base para manter futuros craques e até tentar bater em comentaristas que criticavam jogadores do Fogão. Atualmente menos "turrão", como se definiu no passado, Timóteo acompanha cada passo do clube. A paixão é a mesma.
Personagem da série "O meu coração alvinegro", Agnaldo Timóteo diz que falta inteligência ao atual time do Botafogo. Além disso, o cantor fala sobre sua paixão pelo Botafogo, que ajudou o clube a manter Marinho Chagas e Ademir e muito mais. 

O DIA: Qual foi a sua principal inspiração para se tornar botafoguense?
Agnaldo Timóteo: Acho que a principal inspiração foi o meu irmão, ele era treinador de futebol de equipes pequenas e já até treinou o América. Uma vez, em 1948, nós estávamos voltando de um dos treinamentos dele e era final do Campeonato Carioca daquele ano. E estávamos ouvindo no rádio o jogo, que convenhamos é muito mais emocionante. Aquele time era sensacional, e por isso acho que foi ali que minha paixão pelo time começou.
Qual é o gol do Botafogo mais marcante para você?
Tem alguns que não saem da minha cabeça há muito tempo. Um é especial para mim porque é do mestre Didi e eu estava presente no Maracanã. Era um clássico contra o Vasco, e ele fez uma coisa inimaginável. Ele driblou quatro jogadores em sequência fingindo que ia chutar para o mesmo canto e todos os quatro caíram no drible. Esse gol até hoje eu vibro só de lembrar.
Já fez alguma loucura pelo Botafogo?
Sim, acho que sou um fanático pelo clube. Uma vez, em 1970, eu estava na minha casa enquanto a extinta TV Tupi do Rio apresentava um programa chamado "Vigia da Seleção", só que os jogadores do Botafogo da época eram os que mais sofriam críticas e naquela época eu não era um gentleman como sou agora, eu era um cara mais turrão. E por isso eu não aguentei com tanta crítica e fui para a TV tentar bater nos comentaristas, pois não suportava tantas bobeiras faladas.
Você lembra de algum fato engraçado nesta história como botafoguense?
Eu me lembro de um fato muito engraçado antes de um jogo do Botafogo. Eu tinha feito um show no Espírito Santo, eu estava num ônibus e a estrada Rio-Bahia estava num tremendo temporal. Aí o veículo caiu num atoleiro. Como eu não queria perder o jogo do meu time, eu tirei meus sapatos e com a ajuda de mais alguns consegui desatolar o ônibus e fui assistir ao jogo em que o Botafogo venceu o Flamengo.

Você já chegou a oferecer alguma ajuda para o Botafogo?
Quando eu estava no início da minha carreira consagrada eu era apaixonado pela categoria de base do Alvinegro, ganhando ou perdendo eu dava uma ajuda para os jogadores. O Marinho Chagas foi estourar no Botafogo fruto da minha ajuda. Por 150 mil dólares, eu consegui mantê-lo no time, porque o Palmeiras já tinha uma proposta superior. E eu também paguei o passe do Ademir, que foi um dos melhores marcadores do Zico. Eu consegui o dinheiro para bancar o jogador com um show em Ribeirão Preto e com isso ele ficou no Botafogo e tem seu nome na história do clube.
Tem admiração especial por algum jogador do Alvinegro?
Eu tenho admiração por quase todos os grandes jogadores da história do Fogão. Mas eu tenho uma história curiosa! Acredita que eu não fui a uma Copa do Mundo por causa de um jogador do Botafogo? Em 1978, eu não fui à Copa da Argentina por causa do grande Claudio Coutinho, que por sinal era um excelente treinador que foi embora muito cedo. Ele não convocou o Marinho Chagas, que era o melhor lateral em atividade no Brasil, e não foi convocado por causa do Leão, que o culpa pelo segundo gol que a Seleção levou contra o Holanda em 74! Mas na verdade o Leão que era um belo de um frangueiro!(risos)
Você é um apaixonado por futebol e por isso você lembra com carinho da seleção brasileira de 70?
Claro, era um time maravilhoso, ainda mais que quem armou aquele escrete foi o saudoso João Saldanha, mas foi difícil às vésperas da Copa do Mundo. Porque a Seleção tinha empatado com o Bangu em Moça Bonita por 0 a 0, e com isso era muita pressão para cima do time. Mas mesmo assim eu confiei bastante naquele time e fui para o México. E vocês sabem que foi aquele show inteiro. Mas tem uma coisa que eu me lamento, porque eu fui um dos poucos que estive no vestiário após a goleada sobre a Itália e consegui uma camisa autografada por todos os jogadores, inclusive o Pelé autografou a camisa enquanto tomava banho... Mas o que aconteceu meses depois? Minha irmã lavou a camisa! Uma pena muito grande disso...
Já pensou em se candidatar a presidente do Botafogo?
Não, porque eu nunca tive uma condição financeira suficiente para bancar um clube do tamanho do Botafogo. Para isso se necessita de uma dedicação muito grande ao Alvinegro. Mas eu já mandei uma carta para o Eike Batista para que ele possa comprar todo o acervo do Nilton Santos, porque é muito deprimente para quem viu um jogador como ele estar na situação que está, por isso temos que ajudá-lo.
Como é ver um jogador da categoria do Seedorf com a camisa do Botafogo?
Está sendo ótimo, ele é um grande jogador. Mas todos nós sabemos que ele já não está numa idade de garoto e por isso ele precisa que os outros jogadores corram bastante por ele. E às vezes dá pena de ver que ele é um dos poucos que param e pensam o jogo no Alvinegro.
Quer deixar alguma mensagem para os torcedores alvinegros ou jogadores?
A minha paixão pelo clube da estrela solitária jamais será apagada por qualquer decepção com a estrela solitária. Mas eu gostaria muito de deixar uma mensagem ao time do Botafogo porque eu desejo ver um time que use mais cérebro e menos as pernas, porque está faltando inteligência para esses jogadores que vestem a camisa do Fogão!

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