28/02/2015 23:45:54
Vencedor do clássico entre Flamengo e Botafogo
garante liderança da Taça GB
Artilheiro Bill sente a coxa e é dúvida no Fogão. No Mengão, Luxemburgo
não anuncia a equipe
O DIA
Rio - Pela segunda vez na história, Botafogo e
Flamengo duelam estando em diferentes divisões do futebol brasileiro.
Engana-se, porém, quem pensa que isso diminui o peso do clássico ou define o
vencedor por antecipação. No Maracanã, quem vencer ficará com a liderança
isolada do Carioca.
Em 2003, quando o Botafogo também estava na Série
B, o Rubro-Negro levou a melhor no único confronto do ano: 4 a 2 sobre um
Alvinegro que ainda tentava se encontrar após o rebaixamento. Agora, o panorama
é outro.
Com uma reformulação consolidada e campanha quase
impecável, com cinco vitórias e um empate, a equipe de René Simões ocupa o
segundo lugar da tabela. E a promessa é de manter a postura dos triunfos sobre
os pequenos contra o grande da Gávea, apesar do problema de última hora.
Artilheiro do time com quatro gols, Bill sentiu um desconforto na coxa direita,
deixou o treino de ontem e virou dúvida.
“Temos sempre proposto os jogos e vamos tentar
fazer isso também contra o Flamengo. Não sei o que vai acontecer, mas a ideia é
essa”, afirmou o técnico alvinegro.
Pelo lado rubro-negro, Vanderlei Luxemburgo não
veste a carapuça de favorito pelo fato de o adversário estar na Série B. O
treinador, que é flamenguista desde menino, conhece bem a grandeza do rival, em
qualquer ocasião.
“O Botafogo não vai ser a quarta força nunca. Tem
camisa, tradição e peso. Foi rebaixado, tem problemas de ordem financeira e
política, mas tem que ser respeitado. Vai ser jogo duro, de igual para a
igual”, previu Luxa.
Felizes dos cariocas que poderão, no aniversário de
450 anos do Rio, assistir a um dos clássicos que ajudaram a tornar o futebol da
cidade o mais charmoso do país.
28/02/2015 23:40:00
Gilberto: O garoto Zona Norte do Fogão
Único carioca entre os titulares do Botafogo, Gilberto quer mostrar o
estilo ousado que vem do Jacarezinho
FABIO FALCÃO CAZES
Rio - Restou um, mas que representa fielmente o
espírito carioca. Amante de samba antigo e iniciado no futebol nas peladas do
Jacarezinho, Gilberto é o único titular do Botafogo nascido no Rio. O presente
pelos 450 anos da cidade, ele espera entregar só alegria aos alvinegros.
Onde muitos ainda veem violência, o camisa 4 via
diversão. Hoje, reconhece que também foi aprendizado. Gilberto nasceu no
asfalto de Benfica. No entanto, era no morro que se realizava, com a bola nos
pés: “Morava fora da comunidade, mas gostava de jogar lá, porque o futebol era
mais pegado. É de lá que vem meu estilo de partir para cima.”
Pelo time do Jacarezinho, jogava contra outras
favelas e nunca se deixava intimidar. Às vezes, a rivalidade passava do ponto e
o lateral-direito se exaltava. O amadurecimento veio com a possibilidade de
fazer uma carreira no futebol.
“Contra Mandela e Manguinhos, o bicho pegava. A
gente que é criado ali sabe que, se abaixar a cabeça, passam por cima. Minha
personalidade forte vem disso. Com o tempo, aprendi a me controlar”, comenta o
jogador, de 24 anos.
Gilberto voltou após boa temporada no
Internacional. Encontrou um time novo, com jogadores de todos os cantos e um
técnico carioca como ele. René Simões não precisa de dicas da cidade. Já os
companheiros aceitam e até pedem.
“Quem curte samba de raiz, se for para o Cacique,
vai gostar demais. Praia também é sempre legal”, aconselha o lateral, que não
troca um churrasco com amigos e samba na sua casa em Bonsucesso por nenhum
programa na Zona Sul.
SEM TRAUMAS DE GOLEADA
No dia 23 outubro de 2013, Gilberto viveu o pior
momento da sua carreira. Substituindo Edilson, suspenso, o lateral-direito
penou com Paulinho jogando pelo seu lado na goleada de 4 a 0 para o Flamengo,
pelas quartas da Copa do Brasil. Mas o pesadelo não deixou cicatrizes.
Mais maduro, o camisa 4 não enxerga o clássico de
hoje como uma revanche pessoal e garante entrega total para dar alegria aos
alvinegros que sofreram como ele naquela partida:“Parece que os torcedores
sentiram mais do que eu aqueles 4 a 0. Tenho vontade de dar a vitória para
eles, para retribuir esse carinho que me dão”, diz Gilberto.

28/02/2015 17:30:31
Retornando de lesão, Diego Jardel convoca torcida
do Bota para o clássico
Fora dos últimos dois jogos, meia reforça o Alvinegro no jogo deste
domingo contra o Flamengo no Maracanã
O DIA
Rio - De fora dos últimos dois jogos do Botafogo,
Diego Jardel retorna ao time na partida mais importante até o momento. O meia
está a disposição de René Simões e deve ir a campo neste domingo contra o
Flamengo, às 16h, no Maracanã. Debutando no estádio e no clássico, o camisa 10
destacou seu esforço para se recuperar da lesão na coxa direita e espera uma
vitória sobre o rival.
"Todo jogador pensa em jogar clássicos. É um
jogo que qualquer atleta pensa em ajudar a equipe e eu não poderia ficar de
fora desse jogo. Eu vinha trabalhando na fisioterapia com o intuito de voltar
para o clássico e sabia que não seria fácil, mas fiz um tratamento muito bom em
tempo integral. Quando os jogadores tinham folga eu estava no clube trabalhando
e espero que no domingo seja recompensado com um grande jogo e com a
vitória", afirmou.
Com dois gols em quatro jogos pelo Alvinegro, Diego
Jardel já se sente em casa no Botafogo. Ciente do desafio que terá pela frente
no clássico contra o Flamengo, o meia fez questão de convocar a torcida do
Fogão para ir ao Maracanã apoiar e incentivar a equipe.
"O que eu posso garantir ao torcedor é que não
vai faltar garra e determinação. o Botafogo vai correr os 90 minutos em busca
da vitória. Não é porque do outro lado tem o Flamengo que o nosso time vai se
acovardar. Lógico que não. É nesse tipo de jogo que se vê o jogador que cada um
é e tenho certeza que cada atleta vai se desdobrar pela vitória. Peço ao
torcedor que venha e nos empurre para essa vitória que será importante para
consolidar ainda mais nossa equipe na liderança. O torcedor é o nosso 12º
jogador e essa junção com a torcida tem tudo para dar certo. Quem ganha com
isso tudo é o Botafogo", disse.

28/02/2015 17:12:58
Bill sente dores, deixa treino amparado e vira
dúvida para o jogo contra o Fla
Com desconforto na coxa direita, atacante saiu mais cedo da atividade
realizada na manhã deste sábado
O DIA
Rio - O último treino antes do jogo contra o
Flamengo trouxe uma surpresa desagradável para o Botafogo. Na atividade
realizada na manhã deste sábado, no campo anexo do Estádio Nilton Santos, o
atacante Bill sentiu dores na coxa direita e precisou deixar o gramado amparado
por outros jogadores. Ele passará por uma nova avaliação antes da partida de
domingo, mas corre risco de virar desfalque para René Simões.
Se Bill não puder jogar, René pode optar por
outros centroavantes, como Tássio e Henrique. No entanto, se quiser um jogador
de velocidade para substituir o atacante, o treinador pode escalar Sassá. O
camisa 9 alvinegro é o artilheiro do Botafogo no Campeonato Carioca e na
temporada com quatro gols marcados.

28/02/2015 23:40:07
Nos 450 anos do Rio, ex-goleiros de Fla e Bota
falam da paixão pelos clubes
Adalberto Martins, de 84 anos, e Fernando Botelho, de 102 anos, conhecem
como poucos os segredos do clássico
MARCIA VIEIRA
Rio - Um imponente obelisco, com vista deslumbrante
para o Pão de Açúcar e o Morro Cara de Cão, na Baía de Guanabara, delimita o
local onde o navegador Estácio de Sá desembarcou, há 450 anos, para fundar uma
das mais belas metrópoles do planeta. O marco também separa simbolicamente
Flamengo e Botafogo, dois dos mais tradicionais bairros do Rio de Janeiro.
Para celebrar o aniversário de uma cidade que
respira futebol, o ‘Ataque’ reuniu uma dupla de goleiros que conhece como
poucos os segredos do clássico que se repete hoje, às 16h, no Maracanã, pelo
Campeonato Carioca. O rubro-negro Fernando Botelho, o Fernandinho, que vai
completar amanhã 102 anos, e o alvinegro Adalberto Martins, 84 anos, são
testemunhas da história viva do futebol e da cidade.
“Nasci no ano (1913) em que colocaram os cabos que
levam o Bondinho ao morro do Pão de Açúcar. Vi a construção do Copacabana
Palace, cansei de jogar no Cassino da Urca e ainda fui o primeiro goleiro
profissional do Flamengo. Não tenho do que reclamar. O Rio de Janeiro é o
melhor lugar do mundo”, diz, exultante, o centenário ex-goleiro do Flamengo.
Apesar da idade avançada, Fernandinho mantém vivas
as lembranças de sua carreira — foram 62 jogos, dois contra o Botafogo. “Teve
um 0 a 0 e um 2 a 2. O importante é que nunca perdi. Mas Flamengo e Botafogo é
sempre um jogão, e vamos ganhar”, diz, em tom de provocação ao colega
alvinegro.
Adalberto não se fez de rogado. “Nas vezes em que
enfrentei o Flamengo, o máximo que conseguiram foi o empate. Nunca perdi. Era
jogo bom de se jogar, pois se ganhava, ganhava do Flamengo e, se perdia, perdia
do Flamengo”, brinca Adalberto.
APAIXONADOS PELO RIO
Um dos jogos contra o Flamengo que não saem da
cabeça do ex-camisa 1 do Botafogo foi um 1 a 1, na campanha que culminou na
conquista do Carioca de 1957, o primeiro título alvinegro da era Maracanã.
“Fui o melhor em campo, peguei tudo. O Dida
(lendário artilheiro do Flamengo) virou para mim e reclamou: ‘Não vai entrar
nada, Adalberto?’ E eu: ‘Não vai, não.’ No fim, fomos campeões”, relembra o
goleiro paulistano, que chegou ao Rio com 5 anos e caiu de amores pela cidade.
“Eu já viajei o mundo e não tem lugar mais bonito
que o Rio, com o clima tão bom e aconchegante, apesar dos problemas”, garante.
Paixão plenamente compartilhada com Fernandinho,
que curtiu como poucos, ao longo de um século, a beleza da cidade. Ele conta
ter sido um dos primeiros surfistas de Copacabana, e lembra que não saía por
nada das matinês do badalado Cine Rian, ponto de encontro da juventude.
“Comecei a surfar com uns amigos em frente ao Rian
(cinema). Na época, a gente usava pranchas de madeira. Era bom nadador, mas
meio atrevido. Também gostava de dançar tango, foxtrot”, revela o incorrigível
pé de valsa, sem esconder o saudosismo.
Já Adalberto era a discrição em pessoa. Fugia das
noitadas, mas compartilhava com Fernandino a paixão pelas mulheres: “Nunca fui
da noite. Não frequentava boates, não dançava, mas era namorador.”
Fim do encontro e a dupla se despede fazendo juras
de amor à Cidade Maravilhosa. Afinal, como não amar o Rio de Janeiro?
Veja o video dos dois ex-goleiros em https://www.youtube.com/watch?v=6wU0mx6tBuI

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