Vagner Mancini admite racha no elenco por conta da
grave crise financeira
Treinador revela que jogadores não acreditam mais nos dirigentes e que
tem dificuldade em motivar o elenco
O DIA
Rio - O Botafogo
vive uma grave crise financeira que parece não ter fim. Além disso, o clima
interno no clube é de tensão. Em entrevista ao canal Sportv, o ténico Vagner
Mancini revelou uma parte dos problemas que o elenco enfrenta já que não existe
mais comunicação entre os jogadores e a diretoria após sucessivas promessas
falsas de quitaçãos dos vencimentos atrasados.
"O desgaste já
é tão grande que não há mais data. Perdemos um diretor por isso tudo [Sidnei
Loureiro]. No meio de um fuzilamento e turbilhão, entrou o [Wilson, diretor de
futebol] Gottardo e também está tentando fazer o melhor. Esse desgaste acabou
distanciando diretoria e jogadores. O melhor seria se sentássemos e
conversássemos sobre esse assunto", opinou Mancini.
O treinador afirmou
que a expectativa para que o problema seja solucionado acabou frustando os
jogadores e piorou o clima dentro do clube. "Basicamente, a maior
dificuldade que hoje a gente encontra no Botafogo é que houve tanto desgaste
entre diretoria e jogadores que hoje há pouco relacionamento".
Para Mancini, o
maior problema é conseguir motivar os atletas diante de uma situação recorrente
e que incomoda a todos no clube. "A partir do momento que chega no
trabalho e lida com pessoas reclamando, é difícil ter o nível de concentração.
Estou sempre atento e tentando visualizar. Converso e peço que se concentrem.
Ao longo da semana com esse problema, como vai chegar no domingo ou sábado para
botar para fora o futebol com alegria?", questiona Mancini.
O Botafogo está com
100% de suas receitas bloqueadas. O clube deve aos atletas cinco meses de
direitos de imagem, mais três de carteira de trabalho, além de FGTS. Além dos
problemas financeiros, o Alvinegro ainda está em situação complicada no
Campeonato Brasileiro já que é apenas o 13º colocado com 13 pontos. No próximo
domingo o Fogão encara o Atlético-PR, às 16h, na Arena da Baixada.

Assumpção confia na recuperação: 'Vamos passar por
esse tormento'
Presidente do clube garantiu que possui uma equipe qualificada para
superar os problemas financeiros
O DIA
Rio - Apesar da
situação financeira complicada, o presidente do Botafogo, Maurico Assumpção,
garante que mantém a fé para superar o momento conturbado do clube.
"Quando
tomamos a pancada do Engenhão, quando perdi títulos ou jogadores importantes,
não fiquei me lamentando. Acredito que vamos resolver essa situação. Tenho fé
em mim e nas pessoas que estão comigo. Tenho a convicção de que vamos passar
por esse tormento", disse em entrevista ao programa 'Bola da Vez', da ESPN
Brasil.
O Glorioso deve
três meses de salários atrasados na carteira e cinco meses de direito de
imagem, o que corresponde a maior parte dos vencimentos dos jogadores.
Vagner Mancini já conta com novo reforço do
Botafogo no domingo
Ramírez vai se juntar ao elenco alvinegro nesta semana
O DIA
Rio - Em situação
incômoda dentro e fora de campo, o Botafogo tenta reagir rapidamente no
Brasileiro. E o time pode ter novidade no jogo contra o Atlético-PR, domingo,
às 18h30, na Arena da Baixada. O volante Cachito Ramírez, novo reforço do
Alvinegro, pode ser utilizado pelo técnico Vagner Mancini. Ele precisa ser
regularizado a tempo.
"Ramírez é um
atleta que não tem jogado muito, mas para chegar a uma seleção é porque tem
leitura de jogo. Não sei se domingo vai jogar ou se vai ficar como opção. Ele
me foi oferecido e na mesma hora passei para a diretoria, porque entendemos a
dificuldade de achar um jogador e agora temos a oportunidade de contar com
alguém com experiência internacional e participação em grandes jogos. Com
certeza vai nos ajudar muito, seja para o início de uma partida ou para mudar o
panorama de um jogo. Hoje as nossas substituições são quase as mesmas, porque
muitas vezes não temos um leque ou porque não queremos ter alguém que perca a
confiança em meio à nossa caminhada", disse Mancini.
Emprestado pelo
Corinthians até o fim do ano, Ramírez se junta ao elenco do Botafogo nesta
semana. O peruano, porém, não atua há dois meses, quando defendeu a seleção de
seu país em amistoso.
O Botafogo passa
por crise financeira, com três meses de salários e cinco meses de direitos de
imagem atrasados. Em campo, o time está na 16ª colocação, com 13 pontos, dois a
mais do que o Coritiba, primeiro clube na zona de rebaixamento do Brasileiro.

Guerra aos dirigentes
Emerson Sheik mostra personalidade e dá o recado a diretoria: ‘Ninguém
mandou me contratar’
O DIA
Rio - O empate com
o líder Cruzeiro, que manteve o Botafogo fora da zona de rebaixamento do
Brasileiro, poderia trazer uma semana mais leve para o Botafogo. Mas a
sinceridade de Emerson Sheik expôs a ferida aberta no relacionamento entre
diretoria e jogadores.
Único com salário
em dia por receber diretamente do Corinthians, o atacante declarou guerra aos
dirigentes e promete não cessar fogo enquanto a situação não for resolvida.
O apoio de
Sheik aos companheiros, que vinha sendo financeiro, agora também está presente
em suas declarações. Enquanto o restante do grupo dá um voto de confiança à
diretoria, o camisa 7, assim como dentro de campo, faz a diferença.
“Dentro do meu
trabalho, sou fogo. Eu me dedico, honro o salário, a camisa, sou habilitado a
falar da maneira que quero quando não estou satisfeito. Meu histórico está aí.
Quem se sentir ofendido que jogue a toalha e vá embora. Ninguém mandou me
contratar. Falo o que acho, não gosto de perder, isso me irrita. Enquanto ver
coisa errada vou falar, não vou me calar, principalmente quando encontro
pessoas de bom coração que abraçam a causa. Quando eu abraço é f…”, desabafou o
atacante à Rádio Globo.
Wilson Gottardo
ainda não está na alça de mira de Emerson. As reuniões, quase diárias, que o
novo gerente vem tendo com o grupo criaram uma espécie de cumplicidade, o que
não existia na época em que Sidney Loureiro ocupava o cargo. Ontem, Sheik
aproveitou a folga para relaxar com os dois filhos em Angra e deixar de lado,
por um momento, a interminável crise alvinegra.

Jefferson descarta deixar o Botafogo: 'Não podemos
pagar mal com mal'
Goleiro não vê risco de debandada do elenco alvinegro
O DIA
Rio - Líder do
elenco do Botafogo, o goleiro Jefferson não foge da responsabilidade de falar
sobre a crise financeira que assola o clube. Os jogadore estão com três meses
de salários atrasados e cinco meses de direitos de imagem, o que permite uma
debandada do grupo por meio da Justiça. Jefferson destaca o compromisso dos
atletas e não crê em saída.
"Não podemos
pagar mal com o mal. Sair é o extremo. Honramos a camisa do Botafogo. Pode
destacar que isso não vai acontecer", disse Jefferson à rádio CBN.
O nome do goleiro é
especulado no Benfica, que teria interesse em contratá-lo. Até agora, de acordo
com o presidente alvinegro Maurício Assumpção, nenhuma oferta por Jefferson
chegou, mas que, se fosse desejo do camisa 1 sair, o clube aceitaria
negociá-lo.

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